Com contra-cheques em mãos, vereador diz que funcionários da Coopersad “recebem” do Procon e da Habitação
26 de outubro de 2022
De posse de três contra-cheques de servidores contratados para prestação de serviços temporários, na Prefeitura de Feira de Santana, o vereador Edvaldo Lima (MDB) denunciou na Câmara, hoje, que eles deveriam atuar na saúde do Município, porém encontram-se vinculados a órgãos diversos do Governo. De acordo com o vereador, estes trabalhadores, sob contrato junto à Coopersad (Cooperativa de Trabalho em Apoio Técnico Operacional), “recebem do Procon (órgão de defesa do consumidor) e da Secretaria de Habitação”. O fato, no entendimento dele, serve como uma das explicações para o problema de atraso no salário de servidores da Prefeitura que atuam na saúde, “situação da responsabilidade do prefeito Colbert Martins Filho”, uma vez que o Orçamento Anual contempla esta Secretaria com o maior volume de recursos de toda a Administração Municipal.
Por ocasião da votação da Lei Orçamentária, ele lembra, foi ampliada a dotação da pasta, com várias emendas, uma delas de sua autoria, no valor de R$ 14 milhões. “Onde (Colbert) gastou o dinheiro?”, questiona, ele mesmo respondendo em seguida: “com certeza, houve desvio, para outra finalidade. Edvaldo rememora que o prefeito está sob pedido de afastamento do cargo na Justiça, e até de prisão, por parte de um advogado feirense, em virtude de descumprimento de decisão judicial sobre convocação de concursados. E que o Município foi penalizado com multa milionária de R$ 100 milhões (o pagamento é feito diretamente através do Fundo de Participação dos Municípios, com desconto de 3%, mensalmente), também por não haver cumprido sentença da Justiça, no caso, Trabalhista.
Lembra, ainda, do “caso de corrupção” denunciado na Unidade de Pronto-Atendimento do Município no bairro Queimadinha, onde a empresa do ex-secretário de Saúde da Prefeitura, o médico Marcelo Britto, recebeu pagamentos e não realizou os serviços contratados, segundo conclusão da Polícia Federal ao realizar investigações através da operação denominada “No Service”, meses atrás. “Com tudo isto”, conclui o vereador, “enquanto o prefeito não informar para onde foi o dinheiro da Saúde, não podemos lhe permitir mais recursos”.