Com mais de uma centena de mortes, 100 dias de governo marcam “derramamento de sangue” em Feira, diz vereador
11 de abril de 2023
Com 107 assassinatos no período, em Feira de Santana, o governador Jerônimo Rodrigues não tem o que comemorar, após os seus primeiros 100 dias de gestão, “marcados por grande derramamento de sangue”. A análise é do vereador Pastor Valdemir (PV), que fez nesta terça, na Câmara, um pronunciamento sobre o início do novo Governo da Bahia e a violência neste Município. “Além de tantas mortes, envolvendo jovens, principalmente”, critica o vereador, o Estado se vê às voltas com um outro problema considerado por ele muito grave e que “atenta contra a vida humana”, a fila do Sistema de Regulação na rede hospitalar de alta complexidade.
Pastor Valdemir diz não observar o governador tratando da segurança pública com prioridade: “Não se vê uma reação, interesse de abraçar a causa”. O vereador critica Jerônimo, que se encontra em viagem à China, de onde teria anunciado que estaria agendando visita a Feira de Santana, na Micareta para “dançar no Zero Hora” (bloco formado pela imprensa local). “Queremos ver o governador cuidando da violência e da regulação, que tanta dor causam às famílias, não dançando na Micareta”, afirma.
Engrossando as críticas, o vereador José Carneiro (UB) disse que o Estado tem 100 dias “sem educação, segurança e de gente morrendo na Regulação”. Edvaldo Lima (MDB) também atacou o problema, “que está matando feirenses”. Para Pedro Cícero (PL), não há esforço, até aqui, por soluções para o encaminhamento de pacientes às vagas da rede hospitalar especializada. Ele estende suas críticas para a gestão do presidente Lula, que “prometeu picanha, mas até agora não consegue ir além de ensinar os seus eleitores a fazer o ‘L’.”