Feira de Santana está entre os municípios brasileiros mais beneficiados com entrega de imóveis do programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV). No entanto, de acordo com o vereador Lulinha (União Brasil), uma significativa pacela dessas residências está abandonada, por falta de infraestrutura adequada, serviços essenciais e ausência de segurança pública. Há prédios, segundo ele, onde deveriam estar morando cerca de 50 a 60 famílias, mas que contam, atualmente, com cerca de um quarto desse contingente efetivamente no local, não mais que 15. Para o vereador, o anúncio de retomada do programa pelo presidente Lula, em recente visita à Bahia, deve despertar o olhar das autoridades “para os motivos da grande evasão”.
O vereador entende que não basta “fazer casas e entregar”. É preciso, também, incluir projetos sociais, acompanhar de perto a situação dos beneficiados e planejar a oferta de serviços como saúde, educação e segurança. “Esperamos que seja com mais estrutura e projetos que possam atender essas pessoas carentes. Que possam investir, porque muitos estão abandonando esses condomínios, vendendo os imóveis”. Lulinha diz que, “se não fizer diferente, vai ficar esse elefante branco aí”.
Sobre o assunto, o vereador José Carneiro (MDB) diz reconhecer que o programa “é extraordinário”, mas precisa rever a forma de distribuição das habitações. “Quando era secretário de Desenvolvimento Social do município, o ex-vereador Ildes Ferreira detectou que mais de 2 mil casas estavam abandonadas”, rememora. Por sua vez, o vereador Professor Ivamberg (PT) lembra que o MCMV prevê como contrapartida do município as medidas de infraestrutura para a oferta de serviços públicos.
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