Um Fundo para o Conselho Municipal da Juventude
(CMJ), como instrumento para possibilitar o acesso a recursos financeiros, via
Estado e União. A proposta está lançada ao Poder Executivo, segundo anunciou
hoje (13), na Câmara, o presidente do CMJ, Matheus Pinheiro, que está na
expectativa de uma resposta positiva. Ele foi um dos proponentes da Audiência
Pública sob o tema “Juventude: novas políticas públicas e os desafios da
empregabilidade”, realizada pelo Legislativo a pedido da vereadora Eremita Mota (PSDB). De acordo com o dirigente, para
que as políticas públicas realmente funcionem no município as instituições
ligadas às pautas juvenis precisam ter autonomia financeira e de execução de
projetos: “É preciso dar poder à Divisão de Juventude (órgão da Prefeitura
Municipal) para trabalhar”.
Ele também observou que o Plano Municipal de
Políticas Públicas para a Juventude de Feira de Santana, contendo projetos e
programas a serem executados, está em vigor desde 2013 e necessita de atualização.
Estima que isto deve acontecer na próxima Conferência Municipal de Juventude,
prevista para 11 e 12 de agosto deste ano. E criticou a “lentidão dos poderes
públicos” na execução de medidas voltadas ao segmento. “Apesar de uma
atuação política importante e se fazer presente em momentos de grandes
mobilizações sociais, os jovens são os últimos a terem os direitos reconhecidos
e ações focadas em seus interesses e necessidades”, reclamou.
Para a presidente da Câmara, Eremita Mota, a
problemática do desemprego de jovens passa pela “adoção de uma postura mais
ativa e socialmente engajada por parte do poder público (oferecendo boas
escolas e qualificação) e da iniciativa privada (cuidando da inserção desses
trabalhadores, ainda sem experiência, no mercado de trabalho). Ela acredita que
promover o emprego jovem é “entender que a criação de oportunidades para
essa população deve fazer parte de um compromisso mais amplo que impacte
positivamente as comunidades como um todo”.
O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) criticou a
“falta de compromisso” do Governo Municipal com o cumprimento de leis
aprovadas no Legislativo para esta área. “Nós temos um plano para a juventude,
aprovado aqui na Câmara. Mas assim como outros, nada saiu do papel”, frisou,
sugerindo que seja convocada a secretária responsável, para discutir a
atualização do documento. Entende que Feira de Santana “despreza
aquilo que é a principal riqueza de qualquer lugar, sua juventude”, e que
o problema local não é da ausência de lei, mas de vontade política.
Representando a Secretaria Municipal de Políticas
para a Mulher, Poliana Carvalho falou da importância do Conselho da Juventude
ter passado a integrar a estrutura da pasta este ano. Conforme explicou,
investir na área de tecnologia é uma das ideias para atingir esse público. Ela
anunciou que estará sendo lançado nos próximos meses um edital de cursos
avançados. Conclamou aos jovens que se inscrevam, “porque a capacitação é
a primeira coisa que se exige quando se busca um emprego”. Entre outras presenças,
a Audiência Pública contou com o representante de Líderes Estudantis e
secretário de Juventude do PT, Diogo Silva, e Jilvan Leal, representando a
Secretaria de Desenvolvimento Social.
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