Corte de R$75 de gratificação em salário de agentes de saúde e de endemias, desde janeiro, é indevido, afirma vereador
O corte da gratificação devida aos profissionais da área de saúde, especialmente os agentes de saúde e de endemias, no valor de R$ 75,00, é indevido. A afirmação é do vereador Ivamberg Lima (PT) durante pronunciamento na Câmara nesta terça (13). Segundo o petista, existe uma carta assinada na época em que José Ronaldo era prefeito que garante tal gratificação, contudo, desde o mês de janeiro, o corte no salário destes profissionais tem sido realizado.
“Pelo visto essa carta que garante a gratificação não tem validade, pois os profissionais estão sofrendo com o corte nos seus salários. Existem projetos de lei sobre gratificações que estão sendo aprovados nas Câmaras de Vereadores de municípios do Brasil inteiro, ao contrário do que o prefeito está fazendo aqui em Feira. Temos exemplos de cidades de Brasília, Ceará etc., que mostram isso. Estamos andando, portanto, na contramão do mundo e do Brasil”, disse.
Ivamberg frisou que a gratificação se torna ainda mais necessária neste período de pandemia do coronavírus, pois muitos profissionais da categoria estão se expondo, trabalhando na linha de frente da batalha contra a doença, andando de casa em casa para conferir as situações das famílias e preveni-las, buscando, ao final do mês, os seus salários para sustentarem suas famílias.
“Esses R$ 75 têm um grande valor para eles. Enquanto outros prefeitos dão a gratificação, o prefeito daqui realiza cortes indevidos. Esse corte nas remunerações dos agentes representa 4,9% dos salários desses profissionais. Vale destacar que são 856 agentes trabalhando nas áreas cobertas e, também, nas descobertas do município”, disse.
Sobre as áreas descobertas em Feira de Santana, que englobam diversas localidades situadas em distritos, o vereador disse que estas totalizam 408, e que os agentes, mesmo não recebendo nada mais por isso, realizam a cobertura porque acreditam que todos têm direito à saúde. “Trata-se de um valor irrisório, mas que faz falta na vida destes profissionais que tanto se dedicam”.