FECHAR
Licitações Contratos Convênios Leis Decretos Portarias Relatórios da Responsabilidade Fiscal Estrutura Organizacional Folha de Pessoal
Dançarinos comemoram data na Câmara e reivindicam curso universitário
29 de maio de 2023

Em noite festiva nesta segunda-feira (29), sessão solene para comemoração do Dia Internacional da Dança, uma reivindicação foi registrada na Câmara Municipal: que seja ofertado em Feira de Santana um curso universitário, público, para esta arte, descrita pela consagrada professora Avany Vaz como “libertadora, meio de criatividade e expressão corporal mais completa que existe”. Quem primeiro abordou este pleito, no evento, foi a   representante das escolas culturais de dança na cidade, Tatiana dos Santos Moreira. “Para tal, temos a UFRB (Universidade Federal do Recôncavo), presente nesta região”, ela sugeriu, ao convocar para a luta  os representantes políticos locais na Câmara Federal e Assembleia Legislativa, citando nominalmente os deputados Zé Neto e  Robinson Almeida, respectivamente. “Vamos apertar esses nossos amigos e parceiros”, disse, bem humorada, dirigindo-se ao vereador Professor Ivamberg (PT), autor do requerimento propondo anualmente a sessão e correligionário destes parlamentares.

Tatiana diz que um curso superior de  dança em Feira de Santana contemplaria aos  muitos jovens que precisam procurar formação longe da cidade. A UEFS oferece a formação em  Educação Física, área que acaba sendo o caminho para quem não reúne as condições financeiras de estudar em outros centros. “Muitos tem esta formação (Educação Física), mas não é a ideal para o profissional da dança”. Ela também reclamou de políticas públicas e investimentos nesta área, “afinal, (a dança) não acontece apenas na Micareta ou no São João, mas durante o ano inteiro”. Atento, Ivamberg  disse que, coincidentemente, ontem, foi criado um grupo de trabalho, a partir de reunião em que esteve presente o deputado Zé Neto, para atuar junto às autoridades pela implantação de uma universidade federal em Feira de Santana.

Em seu discurso de saudação ao público, que lotou as galerias e o plenário, o vereador fez um resumo da história da dança no mundo. Em Feira de Santana, segundo Ivamberg, tudo começou com a bailarina Ângela Oliveira, formada na primeira turma do curso na Universidade Federal da Bahia. Em 1972 ela implantou a primeira escola da cidade voltada para esta arte. Mas, ele observa, é preciso reconhecer o trabalho de quem continuou a obra de Ângela, os que estão na luta nos dias de hoje “e também tem o seu valor”. O petista chamou a atenção dos secretários de Cultura do Município e do Estado: “invistam na dança e em seus personagens. Feira necessita muito”.

Palestrante da noite, Avany, uma das mais respeitadas profissionais da dança na Bahia, disse que a atividade abarca várias áreas do conhecimento, o que a eleva à condição de ciência, sendo um dos  principais valores a sua função terapêutica, qualquer que seja o gênero ou ritmo. Segundo conceito da especialista, a dança é onde “expressamos nossa alma”. Faz bem a quem a pratica ou assiste,  promovendo conhecimento físico e emocional do indivíduo. Presente à Mesa de Honra da sessão, o famoso dançarino feirense Saulo Rangel, que já esteve  no programa Raul Gil e na Dança dos Famosos, da Globo, disse que o segredo do sucesso é “acreditar no propósito”. O diretor do Centro de Cultura Amélio Amorim, Marcos Vinícius Bittencourt, também falou, durante a sessão, sobre o trabalho desenvolvido naquele equipamento do Governo Estadual.

Vários protagonistas da dança em Feira de Santana foram homenageados pela Câmara, ao final da sessão: Danilo Pereira de Jesus (dançarinos quilombolas), Paulo Leal Roberto Bispo Júnior (representante dos estudantes da Funceb), Marcos de Oliveira Cerqueira (dança clássica), Augusto Moreira da Anunciação (Grupo Balé da Cidade), Ana Lúcia Lima Leitão (Dança de Salão), Tainara Borges e Chica do Pandeiro (samba de roda), Viviane Carvalho Dias (dança afro), Jocarla da Conceição Chagas (Jô Chagas, zook), Muriel Patrícia Sílva de Assis (quadrilhas juninas), Isabel Cristina de Brito Veloso e Indaiá Xavier Figueiredo (Ebateca Academia), Daíse de Oliveira Ribeiro (Escola de Dança Pulsar), Yeda Nunes Silveira (danças populares), Michele de Oliveira Ribeiro (Academia Prelúdio), Mariana Braga Figueiredo (danças circulares) e Adauto José da Silva (representando professores de inclusão).

Este website utiliza cookies próprios e de terceiros a fim de personalizar o conteúdo, melhorar a experiência do usuário, fornecer funções de mídias sociais e analisar o tráfego. Para continuar navegando você deve concordar com nossa Política de Cookies e Política de Privacidade e Proteção de Dados.