A quantidade insuficiente de vagas em creches públicas do Município prejudica, “na grande maioria, mães e crianças negras que vivem nas periferias”. A constatação é da representante do Núcleo de Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Marta Alencar, que participou de audiência pública, sobre o tema, realizada na Câmara Municipal, nesta quinta (08). O evento foi promovido pela Comissão de Educação e Cultura da Casa Legislativa.
Docente aposentada da educação básica de Salvador, Marta Alencar disse que a falta de vagas para atender os bebês e crianças de zero a dois anos é uma realidade em grande parte do território brasileiro. Segundo ela, este cenário é consequência da política nacional, que prioriza a inserção das crianças a partir dos três anos nas escolas. Desta forma, as demandas educacionais da primeira infância “ficam sob responsabilidade de cada governo municipal, que decide se vai atender ou não”, afirma a professora.
Como consequência, ela analisa que há maiores prejuízos para as crianças e mulheres negras, de baixa renda e que residem nas regiões periféricas, visto que grande parte destas mães não têm onde deixar os seus filhos para irem trabalhar: “Por isto, o debate sobre a política da creche perpassa também por raça, gênero e territorialidade”.
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