Descaso com solução estrutural em Feira para suportar chuvas é abordado na Câmara
“A chuva, por si só, é uma dádiva, e viabiliza uma melhor condição humana, mas ela, num município sem um planejamento adequado, se torna um problema”. A declaração é do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), que tratou sobre o descaso de solução estrutural vivido pelo município de Feira de Santana, diante dos graves problemas ocasionados pelas chuvas.
“É isso que nós assistimos e é o que os veículos de comunicação retratam quanto aos transtornos vividos pela população nesse período de chuvas, quando as pessoas denunciam seus sofrimentos. A buraqueira, a impossibilidade de entrar em suas casas, alagamentos, riscos à própria vida, especialmente quem mora perto das lagoas feirenses são alguns deles. A realidade, por exemplo, das pessoas que moram no bairro da Rocinha, onde o saneamento não foi concluído até hoje, é triste”, pontuou.
Segundo Jhonatas, na área da Lagoa do Prato Raso e também do bairro Queimadinha, as pessoas vivem um drama, pois a água tem entrado nas casas e ficando a um metro, um metro e meio do chão. “Em todos esses locais, assim como em outros do município, nada disso é uma novidade”, salientou.
O vereador falou ainda sobre pessoas do governo que estão há mais de 20 anos exercendo cargos na Prefeitura, como o secretário de Planejamento, Carlos Brito, e que não propõem mudanças quanto a esse problema. “Olhem o plano de mobilidade urbana aprovado em 2018, e o plano diretor, também aprovado em 2018; olhem o plano municipal de educação aprovado em 2016, por exemplo, e analisem o que saiu do papel”, sugeriu.
De acordo com ele, é preciso que sejam adotadas medidas emergenciais, como, por exemplo, pontuar áreas de risco e definir as ações preventivas a serem feitas, neste momento. “Pode-se, por exemplo, realizar a limpeza de simples bueiros, que é um pedido antigo e ninguém faz. Ainda, é possível protocolar claramente os atendimentos, direcionando para os setores específicos, para não ficar num jogo de empurra-empurra”, disse.