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Educação para o trânsito, na infância, é a solução, afirma diretor do Detran-BA
22 de setembro de 2023

Diretor do Detran-BA diz na Câmara que educação para o trânsito, na infância, é a solução

Investir na educação para o transito, visando atingir o público infantil, desde as séries iniciais ao ensino médio,  é uma “estratégia que surtirá efeitos positivos”, no combate a acidentes. A análise é do diretor geral do Detran na Bahia, Rodrigo Pimentel, que participou, hoje (22) na Câmara de Feira de Santana, de uma sessão especial para debater a segurança  nessa área. Segundo ele, o órgão já realiza campanhas neste sentido, ao longo dos anos. O evento, iniciativa do vereador Sílvio Dias (PT), encheu as galerias e o plenário da Casa da Cidadania, com as presenças de várias autoridades e de representantes da sociedade. “Se (a criança) chegar  à fase adulta com essa bagagem, teremos cidadãos mais conscientes e responsáveis daqui há alguns anos”, afirmou.

A educação é um dos três vetores do trabalho do Detran, segundo o dirigente. Um outro muito importante é a  fiscalização.  “Se for ineficaz e sem integração dos órgãos envolvidos no Sistema Nacional de Trânsito”, alerta ele, o esforço  não resultará em avanços. O terceiro é a punição: “Quando não conseguimos evitar os sinistros pela ação educativa, tem que entrar a punição, pois é uma forma pedagógica para o condutor aprender por meio da dor”. A campanha publicitária deste ano do órgão estadual  utiliza uma “figura monstruosa” com a frase de alerta “Não seja um monstro no trânsito. Escolha a vida”. Para o diretor, não há dúvida de que “se o condutor seguir as normas básicas existentes o resultado será uma grande redução de sinistros”.

Diretora do Hospítal Geral Clériston Andrade, Cristiana França disse que o trânsito é prova viva de que se a pessoa não tem educação doméstica, não terá em lugar nenhum. Ela frisou que o alto número de internações no hospital se deve a acidentes automobilísticos (49%), principalmente envolvendo motocicloetas, e nos finais de semana. Só em agosto deste ano, revelou a diretora, foram atendidas 257 pessoas em razão de sinistros de trânsito. E 73% dos acidentes são de motos, enquanto 13% são automobilísticos”, disse se referindo a demanda que chega no hospital. Ela ainda ressaltou que 60% desses pacientes ficam internados por um longo tempo, impactando no atendimento de outras pessoas. Sexta, sábado e domingo são “dias terríveis”, advertiu. Ela está convicta de que é preciso coibir a bebida alcoólica e reforçar a blitz, “pois toda vez que tem esta ação se reduz os acidentes”.

Autor do requerimento que propôs a sessão especial, Sílvio Dias  também trouxe dados estatísticos, segundo os quais em nove anos mais de 390 mil vidas foram perdidas por acidentes envolvendo transportes terrestres no país. Ele afirmou que apesar da evolução legislativa brasileira (o Brasil tem as leis mais modernas do mundo) e do trabalho da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT/Feira), esta é uma área que ainda mata milhares de pessoas por ano. “Nossas leis abordam questões que vão desde punição a infrações e formação de condutores a engenharia de trânsito. Ou seja, temos uma legislação eficiente e toda uma conscientização de que o carro tem que ser mais seguro”, assegurou. No entanto, os indivíduos, sejam pedestres ou condutores, “precisam ter consciência que são eles os causadores, ou não, dos sinistros”. Defende que a formação e conscientização a partir dos futuros condutores, são os principais fatores para “trabalharmos melhor este combate”

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