Em pronunciamento, na sessão ordinária desta quarta-feira (11), na Câmara Municipal de Feira de Santana, o edil Edvaldo Lima (PP) repercutiu o tratamento que recebeu do secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Edson Borges, ao chegar a reunião da Fiscalização Preventiva Integrada- FPI, que tratou sobre o Micareta de Feira 2020.
“Eu respeito a Constituição Federal e os poderes públicos. Parabenizo o prefeito Colbert que tem preocupação e respeito para com a população, ao contrário do secretário Edson Borges. Vejam o que diz o art. 31 da CF, que trata sobre a função do vereador”, pontuou Edvaldo fazendo a leitura do artigo, onde versa que a fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo municipal.
E continuou. “Eu fui para a reunião ontem porque ali seriam tomadas decisões importantes e o que eu presenciei foi o desrespeito do secretário para com este vereador. A partir de hoje, após conhecimento deste artigo, ele não vai mais poder fazer isso. Quando os senhores forem a qualquer local público e fecharem as portas, liguem para a polícia, pois todos temos a garantia da CF. Respeitem o vereador, que foi eleito pelo povo. E, se não quiser respeitar, faça sua carta ao prefeito e vá embora. Eu estava naquele local para defender a saúde do povo de Feira. Todos os segmentos da sociedade foram convidados para aquela reunião, menos o Poder Legislativo. Respeitem o Poder Legislativo desta cidade”, pediu.
O edil lembrou mais que disponibilizou uma pesquisa no site Petição Pública.com.br sobre a possibilidade da suspensão da Micareta de Feira 2020. “Coloquei uma votação para saber quem é a favor do cancelamento da Micareta e temos mais de 8 mil votos para o cancelamento da festa. Aqui temos vários vereadores e pergunto: quem é a favor do cancelamento da Micareta? Eu pedi o cancelamento, é meu direito como representante do povo, mas cada um responda por si. A população está querendo o cancelamento, em virtude da preservação da saúde. Na Itália, todos os grandes eventos foram cancelados e eu concordo. Peço que nosso Poder Público também pense em cancelar eventos que aglomeram pessoas”, informou.
Em aparte, o presidente da Casa, vereador José Carneiro Rocha (PSDB) disse não concordar com a posição do colega. “ Não concordo, mas respeito. Temos que pensar se a questão agora é aglomeração de pessoas porque se for, temos que nos preocupar com a Marcha para Jesus, Parada Gay, cultos em igrejas, partida de futebol, aulas e mais”, avaliou.
De volta com a palavra, Edvaldo garantiu que a contaminação do coronavírus pode ser controlada em salas de aula e cultos religiosos. “Em cultos e salas de aula podemos controlar com álcool gel, água e sabão. É diferente de Micareta, onde ninguém é de ninguém e as drogas e viroses rolam soltas. Culto e aulas não atrapalham não, a não ser que nesses locais haja pessoas contaminadas. Já o cancelamento da Marcha para Jesus, eu concordo”, findou.
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