Eleições podem ser saída do País para três crises: econômica e social, precariedade dos serviços e ameaça à democracia
29 de setembro de 2022
O Brasil que definirá seus novos dirigentes e legisladores, em âmbito nacional e estadual, no próximo domingo, enfrenta três crises específicas e profundas, na análise do vereador Professor Jhonatas Monteiro (PSOL). Ele detalhou esses problemas em pronunciamento esta semana na Câmara. Uma delas, conforme o seu relato, é de ordem econômica e social, revelada na carestia, desemprego e piora das condições de vida; a segunda, marcada pela precariedade dos serviços públicos (saúde, educação e segurança, entre outros); a terceira é revelada na “ameaça às nossas frágeis liberdades democráticas”. As lutas de hoje, sustenta, “são defensivas, pela sobrevivência, não perder o pouco que tem, ter forças para enfrentar o outro dia, o que é muito pouco”. O país deveria estar “em busca de conquistas de novas e importantes políticas públicas”.
As pessoas podem não acompanhar os dados, ele diz, mas sentem na pele a piora da qualidade do atendimento nos postos de saúde e nas escolas. Por outro lado, sem uma “democracia plena”, acredita que os brasileiros enfrentam a “chaga do racismo, todos os dias, estrutura que segrega as pessoas pela cor no agendamento dos direitos e espaços em que podem cirular”. Sobre esta questão preconceitual, observa que “basta ver a cor dos cidadãos que frequentam os locais elitizados; e onde estão os negros, nas periferias e comunidades rurais mais abandonadas”. Este cenário de desigualdade, em sua visão, é produzido pelo capitalismo através de séculos de escravidão e de domínio sobre as mulheres.
Professor Jhonatas vê, na conjuntura atual, o “trato da vida privada, das escolhas individuais, da sexualidade e da escolha do modo de vida, em uma perspectiva religiosa e como se estes fossem os principais problemas da nação”. Tudo isto, diz o vereador e candidato a deputado estadual, exige “reflexão muito profunda do eleitor”. O que estará em disputa neste 2 de outubro, segundo ele, não é “apenas o voto, simplesmente a escolha de um número, mas a questão da postura das pessoas em relação à política”. Em seu entendimento, “esta é, talvez eleição mais decisiva, em muitos anos, sobre os caminhos que o país pode trilhar”. Adverte ao eleitor que não são só a Presidência e os governos dos estados que estão em jogo, mas também uma escolha consciente para senador, deputado federal e estadual.