Os motoristas do taxi tradicional, em Feira de Santana, reclamam do número de requisitos que precisam atender, a cada vistoria de veiculos realizada pela Prefeitura, através da Secretária de Transportes e Trânsito. Segundo Agenilton Pereira, representante da Associação dos Taxistas de Feira de Santana, que hoje (21) se pronunciou na Tribuna Livre da Câmara, a maioria dos profissionais permanece com carros antigos e dificilmente consegue cumprir as 57 exigências previstas.
“Eu tinha um Siena mais antigo e meu cadastramento quase foi cassado devido às condições de uso do carro”, afirmou. O aumento do preço dos automóveis, especialmente após a pandemia da Covid-19, elevou as dificuldades dos motoristas, para adquirir novos carros. Segundo ele, veículos que antes custavam cerca de R$ 60 mil, são vendidos, atualmente, por mais de R$ 100 mil.
Em meio à dificuldade para adquirir veículos novos, Agenilton diz que os taxistas ainda lidam com a perda de clientes para o transporte através de aplicativos. Segundo ele, a Prefeitura tentou implantar uma plataforma semelhante para atender à categoria. A iniciativa, no entanto, não teve êxito, porque “(o aplicativo) permitia a entrada de motoristas que não eram taxistas cadastrados no Município”.
O ideal, ele defende, seria “que tivéssemos uma plataforma única voltada à classe”. A situação é agravada, diz o dirigente, pela redução do espaço disponível para o estacionamento de taxistas na cidade. Segundo ele, apesar de trazer diversos benefícios para a população, o Projeto Novo Centro “tirou muitos pontos que tínhamos”.
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