Vários moradores do bairro Viveiros e outras localidades de Feira de Santana têm feito constantes reclamações sobre possíveis “cobranças indevidas” realizadas pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). A observação é do vereador Pedro Cícero (PP), que cobrou, durante a sessão desta quinta-feira (4), um posicionamento do diretor regional da concessionária, Raimundo Neto, sobre o assunto. Dizendo sentir-se uma das vítimas da empresa, o parlamentar explicou que, apesar de consumir a mesma quantidade de água durante meses, o valor de suas faturas tem chegado sempre “a maior”.
“E diversas pessoas me procuraram com esta mesma reclamação. Inclusive, dizem que quando o consumidor chega lá na agência não tem acordo. A proposta é parcelar e pagar. O que será que está acontecendo?”, questionou. Especificamente em seu caso, Pedro Cícero explicou que há aproximadamente seis meses conseguiu, através da justiça, o direito de pagar apenas o valor de R$ 38, a taxa normal. Mas, logo depois, passou a receber faturas de R$ 100, R$ 183 e R$ 331,38, referentes respectivamente, aos meses de maio, junho e julho. “Para o mês oito (agosto), que ainda não consumi, a Embasa está me cobrando uma conta de R$ 545,66”, reclamou.
O parlamentar argumenta que, ao invés de cobrar a “taxa normal”, a concessionária do serviço de abastecimento elevou o valor em “quase 500%”. “Isto não pode acontecer. Como vamos pagar por uma coisa que não consumimos? O jeito é, novamente, acionar a justiça para tentar resolver”, afirmou, reclamando que, ao solicitar inspeção na residência, também houve cobranças consideradas “questionáveis”. “Me cobraram em relação ao hidrômetro o valor de R$ 58,30 e mais R$ 65,55 de taxa de serviço. Acho que isto é lesar os baianos”, acusou.
A situação demonstra bem, segundo entendimento de Pedro Américo (Cidadania), um certo descontrole e falta de preocupação da Embasa em relação aos consumidores feirenses. “Este é um debate extremamente importante. E o colega acerta quando questiona o método de gestão e a forma como a empresa tem se comportado no Município. Aqui, mais da metade da população não tem o serviço de tratamento de esgoto”, apontou. Ele lembrou ainda que, em razão disto, há uma luta antiga reivindicando a redução da taxa cobrada pela concessionária, referente a este serviço, atualmente fixada em 80% do valor da conta de água.
“A população paga, mas não tem esgoto tratado em Feira”, protestou Pedro Américo. Já no distrito de Jaguara, informou Edvaldo Lima (UB), é a água mesmo que está faltando no momento. “A população toda da localidade está sem o abastecimento. Peço às autoridades que providenciem resolver esta situação”, cobrou.
Avaliando que os questionamentos sobre “cobranças indevidas” tratam de problema específico na conta de usuários, o vereador Professor Ivamberg (PT) sugeriu que cada consumidor busque resolução diretamente junto à prestadora do serviço. “Acho que este tipo de dúvida precisa ser dirimida junto à própria Embasa. Particularmente, como consumidor, tive um determinado problema certa vez, fui até o atendimento e resolvi”, garantiu.
Foto: Reprodução
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