FECHAR
Licitações Contratos Convênios Leis Decretos Portarias Relatórios da Responsabilidade Fiscal Estrutura Organizacional Folha de Pessoal
Emergência deve ser decretada até dia 15, ou trabalhador rural perde Seguro Safra
6 de junho de 2023

Os trabalhadores rurais em Feira de Santana estão sob  risco de não receber o benefício Garantia Safra, o que poderá ocorrer caso o prefeito Colbert Martins Filho deixe de decretar  Situação de Emergência no Município até o próximo dia 15. O alerta está sendo feito pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Conceição Borges, que expôs o problema ao utilizar hoje (6) a Tribuna Livre da Câmara. A sindicalista argumenta que a região enfrenta, após vários anos, o fenômeno da “seca verde” – choveu, mas não o suficiente. “Não temos produção, quem plantou milho e feijão, perdeu”. Ela apelou aos vereadores que intercedam junto ao Poder Executivo para que a medida seja adotada “o mais rápido possível”. Considera igualmente fundamental, neste momento, a criação de uma linha emergencial de crédito “para que possamos garantir o sustento no campo”.

Conceição pediu à Casa esforços no sentido de convencer a Prefeitura, através da Secretaria de Agricultura, para que seja realizado um estudo sobre o empobrecimento do solo na zona rural deste Município. O objetivo do levantamento é provocar o poder público a investir na fertilização da terra em propriedades utilizadas pela agricultura familiar. A dirigente reclamou, fortemente, quanto à dificuldade de agendar uma audiência com o prefeito Colbert Filho e com o secretário de Agricultura, Pedro Américo, que não respondem a seus ofícios (um deles, entregue no Gabinete do Prefeito dia 25 de maio). Há também pedido de diálogo protocolado junto ao Governo do Estado. O Conselho Municipal de Desenvolvimento, por sua vez, “não tem se reunido”, mais uma queixa dos trabalhadores.

A execução do Orçamento, no que diz respeito aos recursos destinados à Secretaria Municipal de Agricultura, é outra preocupação manifestada pela categoria. “Os senhores, vereadores, tiveram o cuidado de aumentar a verba para o campo. Temos cerca de R$ 40 milhões para investir, mas não sabemos onde o dinheiro está ou onde foi parar”, protesta. A pasta, ela diz, está “muito ocupada em organizar feiras e festas, mas não haverá produtos da agricultura familiar para vender nesses eventos”. A experiente sindicalista propôs à Câmara criar um grupo de trabalho “para salvar a nossa zona rural” e fez uma previsão delicada para os próximos dias: “Se nada acontecer, precisaremos ocupar esta cidade, de forma ordeira, para mostrar que estamos vivos”.

Líder do Governo na Câmara, o vereador José Carneiro (MDB) disse que decreto de Situação de Emergência não depende apenas da Prefeitura, mas do Estado e da União, através de seus respectivos órgãos de Defesa Civil. Em conversa com o secretário de Agricultura, disse que ouviu dele a garantia de estar disponível para conversar com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais “a qualquer dia e hora”. Pedro Américo também revelou ao vereador que há pessoas que se inscrevem no Seguro Safra, pagam o boleto, mas não plantam de fato. “Quem não plantou, não tem direito”, afirma. O vereador Sílvio Dias (PT), em contraponto, disse que o Município não precisa ouvir o Estado para decretar Emergência na zona rural.

Este website utiliza cookies próprios e de terceiros a fim de personalizar o conteúdo, melhorar a experiência do usuário, fornecer funções de mídias sociais e analisar o tráfego. Para continuar navegando você deve concordar com nossa Política de Cookies e Política de Privacidade e Proteção de Dados.