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Escola Municipal serve mingau de café com farinha como merenda escolar
5 de setembro de 2022

Uma escola da Rede Municipal de Ensino de Feira de Santana serviu aos alunos, como merenda escolar, mingau de café com farinha. A afirmação é de Laizza dos Santos Carvalho, vice-presidente do Conselho Municipal de Educação (CME) e tia de um dos estudantes que relatou ter recebido o mingau. Presente na audiência pública realizada pela Câmara Municipal nesta segunda-feira (05), para discutir sobre a descentralização da merenda escolar na Rede Municipal, Laizza Carvalho citou que 70% das necessidades nutricionais dos alunos devem ser supridas na escola. “A que ponto chegou a alimentação escolar em Feira de Santana?”. 
 
Apesar da existência de cardápios elaborados por nutricionistas com base nas normas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a realidade vivenciada pelos alunos é bem diferente. Servidos regularmente, o biscoito e suco deveriam ser apenas complementações das refeições, no entanto, muitas vezes, são servidos como merenda aos estudantes, diz a vice-presidente do Conselho de Alimentação Escolar, Alvani Santana dos Santos. 
 
A falta dos itens necessários para a produção da merenda conforme o calendário estabelecido pela Secretaria Municipal de Educação deve ser denunciada, alerta Alvani. Apesar da realização de vaquinhas para adquirir temperos e ingredientes ser uma prática recorrente entre a comunidade escolar, ela destaca que os diretores devem registrar formalmente as denúncias sobre a falta dos itens. Sem esta iniciativa, os estudantes permanecem recebendo alimentos pobres em proteína e ricos em açúcares e carboidratos, acrescenta a nutricionista da Secretaria de Educação do Estado e do PNAE, Júlia Café.
 
Defensor da descentralização da merenda escolar, o Professor Ivamberg (PT) diz que a medida vai melhorar a qualidade nutricional dos alimentos oferecidos pelas escolas da Rede Municipal de Ensino. Isto porque, a verba economizada nos custos do estoque, transporte e pessoal poderá ser utilizada na complementação da merenda. Além disso, os diretores poderão programar o período e a quantidade de itens distribuídos diretamente com os fornecedores, evitando assim, a deterioração e o desperdício. No processo da compra, os diretores ainda poderão solicitar dispensa de licitação em compras de até R$ 17.600,00.
 
Para tanto, Jhonatas Monteiro (PSOL) avalia necessária a elaboração do estudo de impacto. Além disso, diz que a comunidade escolar e as autoridades municipais devem ficar atentas para a descentralização não mascarar o sub-financiamento da merenda escolar. Também defende que as estratégias para a adoção da medida sejam pensadas dentro do campo administrativo para que a descentralização da merenda não se torne uma incumbência a mais para os diretores das escolas “sem a devida estruturação”.

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