Emocionante. Este foi o adjetivo usado pelo ex-presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana Oyama de Figueiredo, que há quase três décadas denominou a sede do Legislativo de Casa da Cidadania. A ideia era fazer uma visita rápida, mas ele acabou assistindo boa parte da sessão ordinária, ao lado do atual presidente Fernando Torres (PSD), acompanhando a votação dos projetos e requerimentos da ordem do dia.
Fernando Torres fez uma viagem ao passado ao lado de Oyama e não escondeu a satisfação de recebê-lo. “É um ícone, um homem de bem e um grande amigo”, definiu, citando que recebeu boas dicas e certamente vai seguir muitas. O presidente do Legislativo confessou que ficou emocionado ao dividir o espaço da Mesa com o visitante, que ao deixar o plenário foi cercado por servidores, vereadores e profissionais de comunicação que faziam a cobertura da sessão.
“Gostei muito do teor dos projetos aprovados, de ver as mudanças (no meu tempo as matérias eram discutidas de uma vez e não duas) e de reencontrar os servidores da Casa”, disse Oyama, que se mostrou completamente à vontade em ocupar um lugar na Mesa Diretiva. Sobre os projetos, ele citou o que estabelece diretrizes para oferta de vagas em creche e o que estabelece a Semana Municipal de Atenção à Criança e ao Adolescente com Diabetes.
O ex-presidente que informatizou os setores da Câmara, implantou a Assessoria de Comunicação, tendo como primeiro titular o jornalista Raimundo Lima, e mudou a forma de lidar com os recursos – “o salário do vereador era pago com cheque do próprio presidente” – se orgulha do relacionamento com os prefeitos da época (Colbert Martins da Silva e João Durval Carneiro). “Colbert foi um grande gestor, voltado para o desenvolvimento de Feira de Santana”, destacou.
Foi em uma das gestões de Oyama (ele foi presidente duas vezes, nos períodos de 1991/1992 e 1993/1994) que a Câmara Municipal adquiriu o primeiro veículo, que era conduzido pelo motorista Renildo, pai do vereador Emerson Minho (DC). Nessa época, conforme lembrou, os vereadores ganharam gabinetes individuais. O respeito dos colegas vereadores, inclusive os da oposição, como Messias Gonzaga – hoje ouvidor da Casa – também permanece a memória de Oyama.
“Política nunca mais”, assegurou o empresário, que ajudou o irmão Marcos Figueiredo a ocupar uma vaga no Legislativo, antes de encerrar a atividade política. Oyama, que se destacou por realizar dois concursos públicos, ganhou notoriedade no noticiário quando apresentou projeto de lei proibindo a venda de armas de brinquedo. “O Poder Legislativo era independente”, atestou, lembrando que era comum a devolução de dinheiro à Prefeitura, por conta da aplicação criteriosa dos recursos.
O funcionalismo sempre mereceu atenção do ex-presidente, que aconselhou o amigo Fernando Torres: “Se está certo, faça. Se tiver dúvida, consulte Marcos, confiança total”, afirmou, referindo-se ao chefe do setor Legislativo. “Senti falta de Anísia”, disse em seguida, sobre uma servidora já aposentada, que era “gente de Dival Machado”, conforme disse. Oyama lembrou também de Glória, seu “braço direito” e de alguns ex-vereadores com quem dividiu a administração da Casa, a exemplo de João Batista Cerqueira, Celso Pereira e Nilton Bellas Vieira (Bibi).
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