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Feirantes da Marechal querem participar de discussão sobre organização do espaço
6 de junho de 2023

Garantida a permanência no local, os feirantes que comercializam frutas, verduras e legumes nas calçadas da rua Marechal Deodoro, centro da cidade, esperam agora que a Prefeitura garanta efetiva participação no processo de organização daquela tradicional feira livre. Esta é a expectativa dos vendedores, informou na Tribuna Livre da Câmara, hoje (06), a feirante Melinda de Jesus. Representando a classe, ela disse que essas medidas incluem cadastramento, padrões de barraca, se removíveis ou fixas, entre outros aspectos estruturais. “Estamos sendo excluídos desta discussão”, ela advertiu, pedindo o apoio dos vereadores. 

Melinda referiu-se à  Lei Municipal 397/2022, mais especificamente, em seu artigo 2º, que estaria sendo descumprido “não só pela falta de participação dos feirantes na organização, mas também pela falta de um diálogo direto com o secretário de agricultura, Pedro Américo”. “É de suma importância a participação do movimento, que precisa ser ouvido assim como o poder político. Ambas as partes precisam participar para garantir o que determina a lei”. Ela defendeu, ainda, a respeito de vendedores de outros produtos que não hortigranjeiros, a “inclusão de  todos” no espaço. 

Outro assunto abordado  na Tribuna Livre foi a questão da acessibilidade na rua Marechal Deodoro. “Não tem, de um modo geral, seja para idosos, cadeirantes ou carga e descarga, por exemplo. Como foi feito esse projeto? Não houve profissionais de urbanismo e planejamento participando?”, questionou. E ainda pontuou a situação do asfalto “sonrisal”, que se deteriora com o período de chuva. A jovem feirante pontuou que é preciso haver clareza sobre o destino das verbas públicas destinadas às feiras livres de Feira de Santana. E indagou: “Por que a feira da Marechal incomoda tanto assim?”. 

A colega de Melinda, Edineide Ribeiro, também falou na Câmara. Ela reforçou a importância de que a categoria participe das decisões sobre as feiras livres do município. Reclamou que o grupo de trabalho organizado pela Prefeitura não tenha representante dos feirantes, para opinar junto aos profissionais que estudam o assunto: “não há nenhum diálogo com os trabalhadores”.  Chamou a atenção de que o prefeito não pode excluir da Marechal quem já tem suas barracas montadas ali diariamente. “Lutamos pela inclusão, sempre”, disse. 

CORREIA ZEZITO: JÁ EXISTE CADASTRO DE FEIRANTES 

Existem dois cadastros dos camelôs e feirantes que atuam no centro de Feira de Santana, feitos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, informa o vereador Correia Zezito (Patriota).  Um deles, recorda-se, anterior ao governo de Colbert, feito em 2014 ou 2015. Haveria registros inclusive com fotos, segundo ele. “Conversei com o secretário, perguntei como está a situação e ele garantiu que quem está cadastrado tem a garantia”. Quanto aos novatos, Pedro Américo lhe disse “vamos ver como acolher”.  O vereador acha difícil vingar a ideia de armar e desarmar todos os dias as barracas: “é uma logística complicada, que pode prejudicar a carga e descarga nas lojas,feito à noite. Com estrutura mantida, como seria feito?”

O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) defende que o  feirante “seja escutado, para definição de um modelo, em coisas importantes como modelo de cadastramento, limpeza e o impasse sobre as barracas, fixas ou móveis”. Luiz da Feira ampliou o debate tratando das condições dos sanitários públicos nas feiras livres da cidade. “Estive visitando a da Estação Nova e o estado é vergonhoso, nem descarga existe, assim como nas demais e também no Centro de Abastecimento. Parece cidade sem governante”. 

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