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Feriado dedicado a Senhora Santana, nesta quarta; saiba sobre origem das comemorações
25 de julho de 2023

Feriado municipal, este 26 de julho (quarta) é
consagrado a Senhora Santana, padroeira de Feira de Santana. As comemorações,
iniciadas com o novenário, desde o dia 17, culminam amanhã com a tradicional
procissão, às 16 horas, tendo como ponto de partida a Catedral Metropolitana,
na Praça Padre Ovídio. São aproximadamente duas horas de caminhada, em percurso
que envolve as avenidas Presidente Dutra, Senhor dos Passos e Getúlio Vargas,
além da rua Conselheiro Franco, de onde o cortejo retorna para a igreja. 
A organização do evento estima um público superior a 60 mil fiéis.

Segundo o jornalista e pesquisador da história de
Feira, Adilson Simas, em crônica veiculada na mídia local, a primeira
referência oficial sobre a Festa de Santana data de 1868, “mas a sua
realização vem de tempos mais distantes, ainda na capelinha dos Olhos D’Água,
de Domingos e Ana Brandão” (teriam sido os primeiros residentes locais).
Ele relata que, deste local, a festa passou para a capelinha do Padre Antonio
Tavares, “o sacerdote que confessou Lucas”, onde hoje se ergue a
Catedral Metropolitana – antigamente denominada Igreja Matriz, cuja construção
foi iniciada por padre Ovídio de São Boaventura e concluída por monsenhor
Tertuliano Carneiro.

Conforme o jornalista, desde que surgiu, a Festa
de Santana dividia-se em religiosa e a profana, esta realizada através dos
bandos anunciadores formados por jovens mascarados que, montados em seus
cavalos percorriam as ruas da cidade para fazer o anúncio. Havia, ainda, a
lavagem da igreja e a levagem da lenha.

A lavagem, dias antes da data comemorativa, era
feita por homens, mulheres e crianças que se dirigiam para a igreja com latas,
baldes e outros vasilhames e faziam a lavagem do templo. Ao entardecer,
acompanhados por músicos, todos percorriam as ruas com as latas na cabeça. 
A levagem, acontecia na véspera da procissão e consistia no vai e vem das
pessoas carregando lenha para uma enorme fogueira  acesa em frente à
igreja – naquela época, a cidade ainda não tinha energia elétrica.

Foto Divulgação: Secom Prefeitura

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