Trabalhadores da Atento, empresa de grande porte, privada, que atua na área de gestão de clientes e telemarketing, em Feira de Santana, estão denunciando desrespeito a direitos trabalhistas e descumprimento das condições de trabalho, por parte da corporação. A informação é do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), que em pronunciamento na Tribuna da Câmara nesta quinta-feira (2), cobrou uma fiscalização, por parte dos órgãos responsáveis. Segundo ele, informações encaminhadas ao seu mandato dão conta da problemáticag enfrentada pelos funcionários, em razão da não-observância de regras previstas na legislação brasileira.
“Tem um perfil de contratação de alta rotatividade, geralmente direcionada a jovens. Mas tenho recebido com frequência inúmeras denúncias”, disse o vereador. Inconformidade de contribuições previdenciárias, violência psicológica praticada por superiores, falhas no sistema de contabilização do banco de horas, negativa indevida no acolhimento de atestados médicos apresentados e contratos firmados com valores abaixo do salário mínimo definido em lei, são alguns dos problemas relatados.
Jhonatas disse ter o cuidado de analisar bem as questões levantadas e verificou que os trabalhadores “trouxeram um conjunto de comprovações documentais”. Ele chamou a atenção do Ministério Público do Trabalho (MPT), “pois não se trata de algo novo, se refere a coisas que ainda não foram resolvidas aqui no Município”. Além de não serem ouvidos pelos dirigentes da Atento, os funcionários se tornam alvo de medidas disciplinares (entregues pelos Correios), quando denunciam a situação dentro da própria empresa, afirmou o vereador.
Não há, ele disse, abertura para que as pessoas apresentem queixas dos problemas vivenciados no ambiente de trabalho. Jhonatas Monteiro lembrou que ontem (1), na celebração do Dia do Trabalhador, uma das pautas defendidas foi o enfrentamento à precarização do trabalho. “Quando situações como estas da Atento, são denunciadas, vê-se que se trata de um quadro muito concreto. Pedimos, especialmente ao MPT, que no mínimo vá à empresa e verifique se isto corresponde à realidade”, cobrou.
Foto: Divulgação
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