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Fortes chuvas: vereadores cobram solução urgente para problemas de drenagem em Feira
20 de fevereiro de 2024

 

Os problemas decorrentes da falta de drenagem de água da chuva, vivenciados por milhares de moradores do município de Feira de Santana durante os últimos dias, dominaram a sessão de hoje (20) da Câmara Municipal. Vários vereadores defenderam que o assunto precisa ser tratado de forma urgente pela Prefeitura, para atacar o caos estabelecido em bairros como Baraúnas, Gabriela, Campo Limpo, Mangabeira, Tomba, Sim, Fraga Maia, Artêmia Pires, Fraternidade, dentre outros, onde as casas estão sendo invadidas pela água e famílias perdem móveis e eletrodomésticos.

Segundo avalia o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), a Queimadinha, um dos locais prejudicados, lida com a situação há cerca de 24 anos. O parlamentar lembra que chegou a apresentar, por indicação, um plano emergencial ao Município, prevendo ação integrada entre vários órgãos da Prefeitura para prevenir tais ocorrências.

“Quando cheguei à Câmara, uma das primeiras coisas que fiz foi transformar em indicação um projeto elaborado por aquela comunidade visando uma ação no local. Mas o plano não foi implementado e as pessoas convivem com a perda de tudo dentro de casa. É vergonhoso que este tipo de coisa continue ocorrendo”, disse.

Para a vereadora Lu de Ronny (MDB), a inexistência de uma política de prevenção contra as enchentes em Feira é a razão do caos. “Ação neste sentido nunca aconteceu. Um assunto de tamanha importância como este tinha que ter ação antes, não depois do colapso total”, criticou. Segundo ela, a gestão municipal está tentando “transferir o problema mais uma vez para a Câmara”, já que não há uma “política pública efetiva por parte da Secretaria Municipal de Planejamento”.

Jurandy Carvalho (PL) chamou a atenção para a atitude da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), cujas obras, segundo ele, acabam resultando em danos nos rios Jacuípe, Subaé e Pojuca. O vereador avalia que a concessionária tem contribuído negativamente para aumentar o problema de enchentes e poluição da rede fluvial da cidade. “Estive observando um dia e vi a água correndo igual rio, mesmo sem ter chuva. É que a Embasa coloca esgoto, muitas vezes, dentro da rede fluvial”, declarou.

Pedro Américo (União Brasil) acusou tanto a Embasa quanto a Prefeitura Municipal por “não se preocuparem com a Princesa do Sertão”. Como exemplo do descaso do Poder Executivo Municipal, citou a situação do Conjunto Habitacional José Ronaldo, onde obras de esgotamento deixam de ser realizadas porque as ruas não têm sequer o CEP. “Soube disso ao questionar a Embasa sobre a rede de esgoto do local”.

A Embasa, por sua vez, “destruiu Feira de Santana”, como se vê em bairros como o Sim, Papagaio, Conjunto Caraíbas, entre outros vários”. Defende que a companhia deve ser alvo de fiscalização por parte da Prefeitura. “Precisa fiscalizar esta empresa e tambem às grandes construtoras, que soterram as nossas lagoas”

Silvio Dias (PT) culpa o longo período do mesmo grupo político à frente da administração municipal pela falta de saneamento. “Nos últimos anos não houve investimentos nessa área. Avenidas como Fraga Maia, e Maria Quitéria, tudo na cidade, está alagando. E vemos o secretário de Planejamento, que tem 20 anos chefiando a pasta, dizer que a culpa é das construtoras. A culpa é do governo municipal e deste grupo”, disse. Também petista, Professor Ivamberg observou que a oposição à atual gestão municipal tem visto que a execução de obras no município “deixa muito a desejar”. Acredita que Feira está “suja e abandonada por incompetência administrativa do atual gestor”.

 

Foto: Ney Silva

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