Homenageado, empresário defende que entidades atuem de forma articulada
A articulação entre as entidades representativas do comércio, da indústria e do segmento de serviços, em torno de objetivos comuns, foi a grande conquista das lideranças empresariais nos últimos anos. A avaliação é do empresário Marcelo Alexandrino Souza, que nesta quinta-feira (29) foi contemplado com a Comenda Maria Quitéria pela Câmara Municipal. Segundo ele, foi assim no enfrentamento da pandemia de Covid – 19 e no movimento de defesa do projeto de revitalização do centro comercial, executado pela Prefeitura. Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (Acefs) por oito anos e atualmente vice-presidente da entidade, Marcelo citou em seu discurso os vários momentos em que esse entrosamento resultou em ações em prol do desenvolvimento da cidade.
Exemplos disso foram a luta pela retomada das obras do Centro de Convenções – que deverão ser concluídas ainda este ano – e a realização de estudos que possibilitaram a adoção do sistema de escalonamento para abertura do comércio durante a pandemia. “Também foi importante o papel desempenhado pelas entidades na mediação para a doação de terreno ao SENAR, com o objetivo de construir um espaço educacional voltado para o produtor rural no Parque de Exposição João Martins da Silva, investimento que chega a mais de R$16 milhões. O equipamento, conforme destacou, vai beneficiar toda a região com capacitação para o pequeno, médio e até grande produtor.
“Será um centro educacional especializado de referência na Bahia”, ressaltou.
O novo comendador feirense aproveitou para destacar a importância da valorização do segmento do turismo para a economia do município. “É um setor promissor na geração de empregos”, assegurou o empresário, que também évice-presidente do Instituto Pensar Feira e do Sindicato de Hotéis e Restaurantes, diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e presidente do Convention & Visitors Bureau de Feira de Santana.
Ele defendeu a necessidade de estimular novas gerações a participar de projetos voltados para o crescimento da cidade. Essa participação, em seu entendimento, é fundamental para a solução de problemas que afetam o dia hoje e afetarão o futuro do município como um todo. “Precisamos enfrentá-los e ajudar na solução”, propôs, lembrando a posição de Feira de Santana de maior entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste do país. Um desses problemas é a falta de duplicação das vias de acesso Norte e Sul.
“Os acessos ao Norte das BR 101 e 116 estão em obras faz mais de 10 anos”, informou, considerando a situação lamentável. Defensor do associativismo e da união entre as entidades da classe empresarial, Marcelo Alexandrino frisou que em todas as ações das quais participou, nunca estive sozinho. “Tenho a honra de trabalhar conjuntamente com pessoas dedicadas ao bem comum, seja dirigindo entidades empresariais ou no seu apoio, além de estarmos sempre ao lado dos poderes públicos constituídos disponíveis para trabalhar em prol da cidade e da região”, declarou.
JOSÉ ALEXANDRINO E WILSON PEREIRA
O empreendedor creditou a honraria recebida aos “companheiros de batalhas diárias”. Na hora de agradecer, Marcelo Alexandrino citou a forte influência do empresário, ex-secretário municipal e idealista Wilson Pereira, seu sogro, de quem ouve e busca seguir a orientação: “Todos nós temos a obrigação de participar da sociedade”. Esse era o lema também de sua maior referência na vida e nos negócios, seu pai José Alexandrino Souza, que completaria 100 anos exatamente na data de entrega da Comenda.
O decano comerciante começou como funcionário de loja e tornou-se empresário dedicado às causas coletivas, tendo presidido a Associação Comercial e o Centro das Indústrias. Foi ainda um dos fundadores do Rotary Club Feira Leste, coordenador da ADESG e diretor do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana. “Minha vida toda vi meu pai dedicado a estas entidades e às causas sociais. E o exemplo é melhor que mil palavras”, disse o novo comendador, ao se comprometer a continuar trabalhando “para a Feira de Santana do futuro, sempre avançada, e acolhendo bem seus cidadãos e aqueles que a escolheram como sua casa”.