Em busca de captação de recursos, através de doações via Imposto de Renda, dirigentes do Instituto de Artes Marciais Satori Dojo apresentaram hoje à sociedade civil, em pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara, o projeto social denominado Kaizen: Melhoria Contínua. A proposta, aprovada pelo Governo Federal através do Programa de Incentivo ao Esporte, consiste no envolvimento de crianças e adolescentes na prática do karatê como instrumento para reduzir o índice de violência em Feira de Santana. O presidente e um dos professores da associação, Francisco Ivanilton Silva Souza, 3º dan, com 40 anos de atividade na área, disse estar confiante em obter o apoio da iniciativa privada (as empresas podem doar até 2% do imposto devido) e também de pessoas físicas, cuja doação pode chegar a 7%.
“Queremos dar essa contribuição ao poder público em suas ações pela redução das mortes por homicídio no nosso Município e a sociedade precisa participar desta causa”, disse o esportista. Sua academia já faz trabalho voluntário, ele salientou: “mães reconhecem a transformação dos seus filhos, quando se iniciam no karatê”. A Associação encontra-se aberta a visitas, na sede administrativa localizada no bairro Olhos D’Água e no espaço de treinamentos que fica no bairro Jomafa.
O coordenador do Instituto, Ronivaldo Mendes Monteiro, que tambem se pronunciou na Tribuna Livre, estima que cerca de 500 crianças e adolescentes sejam beneficiados pelo projeto. Em princípio, as atividades devem acontecer nos bairros Tomba e Irmã Dulce. Os estudantes vão ocupar o seu tempo no contraturno escolar. Estimado em R$ 3,2 milhões, o programa , que tem caráter sócio-educativo, segundo ele, preenche lacunas existentes na ação do poder público em todos os níveis. “Chegamos à conclusão de que a Secretaria de Segurança Pública, sozinha, não consegue atacar o problema da violência”, disse o policial civil de carreira e instrutor de karatê. Também lembrou da estatística da violência, segundo a qual “os que mais morrem nas ruas são pessoas da faixa etária entre 15 a 29 anos, de cor parda e baixa escolaridade”.
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