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Jhonatas: “Macumba pode ser muita coisa, mas não é sinônimo de coisa ruim como muitas pessoas utilizam”
31 de agosto de 2021

“A crítica a um erro não pode nos levar a cometer outro”. Com esse pensamento, o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) discursou, na manhã desta quinta (31), na tribuna da Câmara Municipal, sobre as ofensas feitas na Casa à religiões de matriz africana. Segundo o parlamentar, querer criticar o governo municipal não abre precedente para reproduzir preconceitos e formas de discriminação. 

“Quando a gente sobe à tribuna, não faltam razões e adjetivos para qualificar o mau governo que temos hoje em Feira de Santana com a administração do prefeito Colbert Martins Filho. Mas a gente não pode subir na tribuna e vir, a partir do ensejo de criticar o governo, reproduzir preconceitos e formas de discriminação, dizer que é macumba ou coisa do tipo”, disse.  

Jhonatas continuou: “Até porque macumba pode ser muita coisa: é uma árvore, na África; é um instrumento musical, é um nome genérico de determinadas práticas religiosas de matriz africana, mas não é sinônimo de coisa ruim como as pessoas utilizam no senso comum que reproduz violência”.  

Segundo ele, é possível dizer, sim, que há incompetência administrativa, descaso com o povo, autoritarismo por parte do governo municipal, com a digital do prefeito José Ronaldo na origem desses males. Contudo, a liberdade de expressão não é licença para ofender ou desrespeitar qualquer que seja o grupo religioso, até porque quem paga o salário dos vereadores não é um determinado grupo, mas os cidadãos. “Quem paga é o cidadão e a cidadã que tem, em nossa sociedade, diversos tipos de crenças e descrenças. Sou defensor do Estado laico e acredito que o espaço público não pode admitir determinados comportamentos”, frisou.

O vereador Silvio Dias (PT) também defendeu a atividade política dissociada do cunho religioso. “Não há como ouvir e ficar calado quando se mistura a religião com a política. Não há como aceitar utilizar para promover o ódio, a intolerância e a discriminação. Quando se mistura, vira uma teocracia e as coisas começam a ser realizadas com esse pano de fundo: justifica-se a tragédia, justifica-se o terror em nome da religião”, disse.

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