“Tem possibilidade da questão ser flexibilizada”, disse hoje (15), na sessão da Câmara, o líder do Governo, vereador José Carneiro (UB). Ele se refere a uma portaria, da Secretaria de Educação, alterando a carga horária dos professores da Rede Municipal de Ensino. Por causa da medida, a categoria está em paralisação de três dias, iniciada hoje. Eles lotaram a galeria do Legislativo, na sessão desta terça, para pedir o apoio dos vereadores.
A portaria determina que professores com 40 horas semanais devem cumprir 26h40min com alunos e 13h20min em atividades extraclasse. Aqueles com 20 horas semanais devem cumprir 13h20min em sala e 6h40min em atividades
complementares
Para José Carneiro, está ocorrendo “equívoco e radicalismo” por parte da APLB Sindicato, entidade que representa os professores. Ele garantiu que a portaria editada pelo titular da pasta, Pablo Roberto, respeita os profissionais e não os prejudica, na carga horária estabelecida. Quem tem 20 horas, utilizará 13h20min, enquanto os de 40 horas, usarão as 26 horas. “Ao contrário do que dizem, a medida do secretário é para inibir alguns educadores que não cumprem nenhuma destas cargas horárias. Tem gente de 13h, que trabalha apenas 11h”, disse.
O vereador informou que a gestão já está providenciando dialogar com a categoria sobre o assunto. Inclusive, haveria uma reunião prevista para ocorrer ainda hoje, entre a APLB e o secretário. “Fazer paralisação em protesto a um item de portaria é ser descomprometido com a educação da cidade”, opinou o governista.
Edvaldo Lima (UB) assinalou a importância da gestão ter aberto um canal de diálogo. Ele considerou incorreta a APLB decretar0 paralisação antes de serem concluídas as negociações. “É preciso negociar até às últimas consequências, evitar que a população e os próprios trabalhadores sejam prejudicados, observou.
Para Ismael Bastos (PL) não é correto criticar o atual governo do Município, pois tem apenas o período de três meses à frente do Município. Em seu entendimento, a APLB Sindicato deveria tocar em questões como o Índice de Desenvolvimento da Educação da Bahia (IDEB), que é o pior do país. Fora isto, protestou ele, a entidade sindical impetrou uma ação na justiça para impedir que a Prefeitura faça o pagamento antecipado de precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). “Tem professores morrendo, sem conseguir receber este seu direito”, lamentou.
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