Representantes dos moradores do bairro Campo Limpo, um dos mais prejudicados com alagamentos pelas chuvas que caíram em Feira de Santana, esta semana, compareceram à Tribuna Livre da Câmara, nesta quinta (22), para alertar as autoridades à necessidade de socorro imediato às famílias. Segundo Aristides Maltez, um dos que se pronunciaram na Casa da Cidadania, membros dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal devem verificar a situação “in loco”. Um dos atingidos pela situação que classificou como “precária” em seu bairro, ele fez um relato sobre perdas materiais que teve juntamente com outras famílias do local.
Também integrante da equipe de agentes comunitários de saúde do município, Aristides acredita que a presença de dirigentes do Governo e da Câmara no local sirva para sensibilizar os gestores públicos a adotarem providências. Uma das comunidades mais atingidas, no bairro, é o Loteamento João Serafim de Lima. “Não basta ficar só assistindo o que se passa na mídia. Com água chegando na altura do joelho, tive que tirar aproximadamente 200 a 300 baldes de água de minha própria casa. O nosso sonho está sendo destruído”, contou.
Aristides Maltez entende que o problema, recorrente em Feira de Santana vem se agravando ao longo de anos das administrações públicas. Inclusive, afirmou ele, ao verificar os danos causados no Campo Limpo, a Defesa Civil Municipal teria constatado que diversas casas ali estão “condenadas”, ou seja, devem ser desocupadas. “O estado de calamidade é crescente. Perdemos tudo, guarda-roupa, fogão, refrigerador e outros”, observou.
Conforme informou o líder comunitário, ontem (21) ocorreu um acidente com uma família do bairro. Apesar de não ter deixado vítimas graves, o fato ampliou o número de famílias em situação de vulnerabilidade. “Nós já estivemos no CRAS [Centro de Referência da Assistência Social] e a coordenação do órgão avaliou que não teríamos direito a receber cesta básica, porque a casa não se encontra em ruína”, pontuou. Com isto, famílias estão sem receber a doação de alimentos, mesmo tendo sido autorizado pelo prefeito Colbert Martins Filho a adoção da medida, reclamou Aristides Maltez. Além deste problema, as pessoas ainda sofrem com a exposição a doenças como leptospirose, dengue e Covid 19. “Não há pano que enxugue a água que entrou em nossas casas e as lágrimas derramadas”, disse.
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