Proposta do vereador Alberto Nery (PT), uma moção de repúdio ao presidente Jair Bolsonaro, pelo recente veto a aspectos da lei 14.148, que favorece a agricultura familiar (Lei denominada Assis Carvalho em homenagem ao autor do projeto, deputado federal Assis-PT, do Piauí), foi rejeitada pela Câmara, em votação ocorrida esta semana. Nery justificou o protesto argumentando que o presidente “tem raiva dos produtores familiares” e por isso vetou a lei “quase que integralmente”. Observa que “desde o primeiro dia do governo Bolsonaro, a agricultura familiar vem sendo maltratada, diversos programas e políticas públicas exitosas foram desarticuladas ou exterminadas, sofrendo cortes e perdendo protagonismo de forma proposital, como os programas nacionais de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar; de Fortalecimento da Agricultura Familiar; de Habitação Rural e o de Cisternas”. Roberto Tourinho (PSB) tentou convencer os colegas a aprovar o protesto argumentando que “não estaria em avaliação a gestão “mas sim um veto à Lei que garante auxílio emergencial aos agricultores familiares”.
DEFESA DE BOLSONARO
Contrário à moção, o vereador Cadmiel Pereira (DEM) disse que o repúdio deveria ser endereçado ao governador Rui Costa (PT), por “não ter atendido aos anseios do homem do campo no estado da Bahia”. Afirmou que o presidente da República está “tentando colocar o país nos trilhos”. O vereador Isaías de Diogo (MDB) também teceu elogios ao Governo Federal ressaltando que Bolsonaro tem se esforçado para “manter uma gestão transparente e comprometida com desenvolvimento do Brasil”. Josafá Ramos (Patriota), disse que a moção tem o intuito de desqualificar o presidente. Votaram favoráveis à matéria, além de Nery e Tourinho, os vereadores Ron do Povo (MDB) e Fabiano da Van (MDB). Carlito do Peixe (DEM) se absteve.
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