Os secretários municipais de Saúde, Marcelo Brito, e de Educação, Anaci Bispo Paim, serão os próximos convocados para depor à CPI da Saúde, na próxima sexta-feira (8). Em seguida o procurador Geral do município, Carlos Alberto Moura Pinho, voltará a ser convocado, desta vez por meio da OAB Subseção de Feira de Santana. Serão passos decisivos para os trabalhos da comissão, que apura eventuais irregularidades nos contratos.
Na oitiva da tarde desta terça-feira, a comissão apurou que somente com a empresa Voipy, para contratos de softwers para o Fundo Municipal de Saúde, a prefeitura desembolsa nada menos que R$3.5 milhões, por conta dos aditivos ao contrato inicial. O sócio proprietário da empresa, João Loreto Braga, explicou que são prestados serviços de implantação do sistema, treinamento e execução dos serviços.
“Mantemos uma central de call center e equipe para atendimento presencial, caso seja necessário”, informou o empresário, acrescentando que venceu a licitação na modalidade concorrência pública. João Loreto disse ainda que o contrato é firmado por meio do Fundo Municipal de Saúde, mas o serviço é extensivo às unidades de saúde, a exemplo das policlínicas. Ele foi inquirido pelo presidente CPI, Paulão do Caldeirão (PSC), mais os vereadores Professor Ivamberg (PT) e Pedro Cícero (Cidadania) e Lú de Ronny (MDB).
Cainara Vieira do Nascimento Lassala, diretora presidente da Coopersade, confirmou que a empresa já teve contrato com a Administração, Educação, Saúde e Sesp, mas atualmente só há um contrato, com a Secretaria de Saúde. Sobre a fiscalização das ações realizadas, a empresária afirmou que há um fiscal da cooperativa, não exatamente de contrato, fiscalizando os cooperados. “O responsável pelo contrato é a Secretaria de Saúde”, enfatizou. Ela disse não saber o valor do contrato e justificou: “Eu não lido com números”.
Também foi ouvida ontem a chefe de RH da Coopersade, que falou sobre os tipos de contratos feitos com o município e que já contemplaram várias áreas da administração municipal e atualmente abrange apenas a Secretaria de Saúde. Ela explicou que o cadastro das pessoas é feito por meio do e-mail da cooperativa e negou atender indicação do prefeito ou de vereadores. Sobre a existência de funcionário laranja com conhecimento do prefeito e não trabalha, ela negou e reafirmou não ter acesso a pedidos de vereador.
Foto: Mário Neto / Ascom-CMFS