Moradores de condomínio no Papagaio temem desabamento de muro, devido a “lagoa” em terreno ao lado
Pode vir a desabar, uma parte do muro ao redor do condomínio Casas de Veneza, no bairro Papagaio, com risco de causar mortes, segundo denunciaram moradores, nesta quarta-feira (28), na Tribuna Livre da Câmara Municipal. Com as fortes chuvas dos últimos dias, uma grande lagoa se formou no terreno ao lado. A água atinge o muro e invade a área das residências, conforme relataram Ina Xavier Guimarães e Wilquison de Cerqueira Nogueira, este, síndico do condomínio.
A preocupação dos moradores é que tem muita água acumulada – já está na altura de dois metros junto ao muro que protege o condomínio. O risco de infiltração na estrutura representa ameaça de desabamento. “O terreno, de propriedade da L. Marquezzo, virou uma lagoa, não tem escoamento e 40 casas estão encostadas no muro”, informou Ina, que é conselheira do condomínio construído pela R. Carvalho.
Com o aguaceiro no terreno lateral e inabitado, o condomínio tornou-se vulnerável e vem sofrendo “invasão” de animais como cobras e escorpiões. Segundo Ina, os moradores temem consequências mais sérias, caso nada seja feito pelo poder público. A situação já foi levada ao conhecimento das construtoras, uma responsável pelo empreendimento e outra pelo terreno, mas nada foi feito. Então, apelam pela interferência dos vereadores para tentar solucionar o problema.
Lembrando que outros condomínios do bairro apresentam problemas semelhantes, Wilquison de Cerqueira Nogueira destacou que a compra dos terrenos para construção dos empreendimentos habitacionais na região foi feita através de uma sociedade das construtoras L. Marquezo, Estação 1 e M.A. Almeida. “Há um jogo de empurra e não conseguimos resolver os problemas”, afirmou. Tambem criticou as condições em que se encontra o Parque Linear, ali próximo, construído pela Prefeitura. “Tudo lindo, mas os problemas tambem estão lá”, atestou o síndico do Casas de Veneza, que mora no Papagaio há 41 anos.
Para o vereador Correia Zezito (Patriota), se a L. Marquezo fez um acordo e não cumpriu, “os moradores teriam que ter visto isso”. Garantiu que se a comunidade precisar de apoio jurídico, seu mandato disponibiliza, “para processar a L. Marquezo a fim de que faça o projeto de drenagem de lá”. Depois disto, assinala, “a gente pensa em acionar a Prefeitura para resolver a parte do lado de fora”.