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Mulheres à frente de instituições: Feira é “vanguarda de novo marco civilizatório”, diz presidente da OAB
11 de março de 2025

Contradizendo um passado de relações sociais “marcadas, às vezes, pelo conservadorismo e por uma sombra do coronelismo”, Feira de Santana, ao longo dos últimos anos, tem se destacado “como uma vanguarda civilizatória na garantia de espaço e oportunidade para mulheres exercerem cargos de comando”. Estas considerações foram feitas pela presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/Subseção de Feira, Lorena Peixoto, em pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara, hoje(11). Ela esteve no espaço democrático do Legislativo para falar sobre o Dia Internacional da Mulher.

Primeira advogada eleita para presidir a entidade no município, em 52 anos de história da entidade, ela afirmou que a cidade Princesa do Sertão não tem se limitado a “ser retrato do passado, mas palco para transformações, espaço para o surgimento de novas ideias e lideranças, inclusive, novas vozes que ecoam com coragem e determinação”.

Segundo a advogada, além da sua eleição para dirigir a OAB, há outros exemplos significativos.  Socorro Pitombo, mãe do ex-presidente da entidade (Raphael Pitombo), foi a primeira jornalista feirense, tornando-se referência nesta cidade. Mais recentemente, o próprio Poder Legislativo sendo comandado pela vereadora Eremita Mota, a primeira mulher a presidir a Casa da Cidadania. “De maneira muito simbólica, Feira se coloca na contramão de sua própria História”, ela disse. Uma mulher à frente da OAB, assinalou Lorena, ocupando um cargo de tamanha relevância, “representa um avanço, uma verdadeira vitória e uma quebra de barreiras. É o desafio a velhos padrões que tentam, ainda, ditar como as coisas devem ser”.

Ao demonstrar que compreende a importância de mulheres estarem à frente de instituições, órgãos e empresas, argumentou a dirigente da OAB, Feira colabora com o processo civilizatório na promoção de igualdade de direitos e oportunidades para a mulher. “Está seguindo no caminho certo”, elogiou. No entanto, ressaltou Lorena Peixoto, dados relativos à desigualdade de gênero no Brasil como um todo não são animadores.

Neste mês de março, informou ela, a CNN Brasil divulgou estudo demonstrando que a problemática atinge 85% das cidades do país. A pesquisa levou em consideração, a incidência de casos de feminicídio, a pouca representatividade na política e a situação de mulheres que não estudam e nem trabalham. “Isto significa dizer que a maioria das cidades e capitais, apresentam índice de igualdade de gênero classificado como baixo. Só Brasília se destacou positivamente. Mas mesmo assim, seu indicador foi de 40%. E nenhuma capital conseguia atingir um patamar de 50% de igualdade de gênero”, explicou.

Ela entende que é necessário pensar e refletir o porquê de existir, ainda, tanta resistência em compreender que lugar de mulher é “onde ela queira estar”. Vidas femininas ceifadas como se fossem “coisas”, diferença salarial entre gêneros mesmo existindo leis que garantem isonomia salarial para as mesmas funções. Aos vereadores, a presidente da OAB sugeriu o foco em propostas e políticas efetivas. “Não bastam termos leis que tão somente prevejam direitos e garantias. É necessário pensar na efetividade destas proposições”, afirmou.

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