Evento totalmente gratuito e que visa oferecer atendimento oftalmológico a pacientes diabéticos ou com suspeita da doença, o Mutirão de Diabetes de Feira de Santana acontece neste sábado (9), em sua 10ª edição, tem expectativa de atender a um público de aproximadamente 800 pessoas. Para falar do evento, que começa as 7h e será concluído às 12h, no Hospital de Olhos de Feira de Santana (Clihon), o estudante de medicina da Universidade Estadual de Feira (UEFS), Lucas de Oliveira, usou a Tribuna Livre da Câmara na sessão desta quinta-feira.
A estimativa de participantes significa um aumento de 25% a mais que na edição anterior.
Coordenador acadêmico da iniciativa, ele informou que uma das ideias é a prestar assistência a “muita gente” em pouco tempo. Na programação estão previstos atendimentos com profissionais de direito, odontologia, fisioterapia, psicologia, nutrição, enfermagem e outros. “Geralmente conseguimos atender mais de 600 pessoas no evento. Este ano, estamos com uma estrutura muito organizada, incluindo 250 voluntários e equipe multiprofissional, esperando um crescimento de participantes”, disse Lucas.
Alguns dados, segundo ele, reforçam a importância de realização do mutirão no município. Entre sete a 10 por cento da população, possuem diabetes e a enfermidade é a principal causa de cegueira em pessoas na faixa dos 20 aos 40 anos. “Além disso, estima-se que 50% dos pacientes com dez anos da doença terão complicações dos olhos, a exemplo da retinopatia diabética”, destacou. O coordenador do Mutirão ressaltou que a grande questão da Diabetes tipo 2 nos idosos, por exemplo, é ser assintomática.
Ou seja, a pessoa passa anos sem sentir, apesar da degradação ir ocorrendo neste tempo. “Às vezes, quando a pessoa começa a sentir baixa visão e a enxergar manchas, não tem como fazer muita coisa em razão da gravidade. Portanto, se vê a importância da detecção precoce para ajudar na melhoria da qualidade de vida”, frisou o estudante, pontuando que há a necessidade de fazer exames, mesmo em quem não manifesta sintomas.
Uma das peculiaridades do evento é o uso de tecnologias que ajudam a otimizar o atendimento.
Lucas citou estratégias como o aplicativo disponível para o trabalho dos voluntários, que dispensa uso de papel ou ficha para organizar a assistência aos interessados no atendimento. Também, a utilização de aparelhos portáteis que tiram foto do fundo do olho e podem ser manuseados por qualquer pessoa com o intuito de identificar locais de possíveis alterações oculares. “E não só isso. A gente atende no dia, mas providencia o acompanhamento regular para além do mutirão”, observou. Se detectado diabetes ou problema no olho da pessoa, explicou o estudante, o paciente é encaminhado para o sistema público de saúde.
“O mutirão acaba sendo uma porta aberta para o paciente entrar no SUS, onde fará a continuação do tratamento e terá sua qualidade de vida a médio e longo prazo”, afirmou. Por fim, Lucas Oliveira agradeceu a Câmara por contribuir para a divulgação do trabalho do Mutirão de Diabetes, uma ação voltada especialmente para a comunidade de Feira e região. “Todas as informações que nós coletamos são divulgadas nacionalmente e internacionalmente. Vendo Feira sendo inserida neste cenário, é um motivo de orgulho para nossa cidade”, concluiu.
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