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Novo comendador, médico coordena setor responsável por quase 2 mil cirurgias oncológicas em três anos e meio, no HDPA
12 de maio de 2023

Quase duas mil cirurgias oncológicas, em três anos e meio. O expressivo número – precisamente 1.850 – registrado pela Santa Casa de Misericórdia, proporcionou uma drástica redução de pacientes encaminhados para tratamento em Salvador, nesse período. Laureado com a Comenda Maria Quitéria, honraria concedida pela Câmara Municipal na noite desta quinta-feira, o médico Robson Freitas de Moura tem papel fundamental neste desempenho extraordinário, como coordenador de Cirurgia Oncológica da centenária instituição de caridade, mantenedora do Hospital Dom Pedro de Alcântara. A homenagem proposta pelo vereador José Carneiro Rocha foi prestigiada por várias personalidades, dentre as quais o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Rodrigo Matos e a diretora do Hospital Dom Pedro de Alcântara, Sandra Peggy.  Os vereadores Lulinha (União Brasil) e Pastor Waldemir também estiveram presentes.
 
“Me sinto honrado, ao receber desta Casa Legislativa a medalha que leva o nome da grande heroína, com o peso que tem a sua história”, disse o cirurgião oncologista, em um emocionado discurso, diante de vários familiares que integravam a plateia da sessão solene. Uma das suas alegrias, diante dos resultados obtidos desde que assumiu o cargo na Santa Casa, ele disse, é ter proporcionado a tantas famílias um acolhimento local, de qualidade, diminuindo assim o sofrimento de muitos que não necessitaram se deslocar até a capital em busca da assistência: “Não permitimos que acontecesse como antigamente, todo paciente ter que ir em busca do Aristides Maltez”.
 
Aos 63 anos de idade e desde os 59 enfrentando o desafio da coordenação do Centro Oncológico da Santa Casa, Robson Moura disse que, ao aceitar esta missão, encontrou o equipamento fechado. Seria preciso remonta-lo, em espaço físico, maquinário, materiais. “Aos poucos, fomos conquistando uma nova estrutura, carros de anestesia, monitores e tudo o que era necessário para o órgão funcionar. É um resgate, para todos nós”. Ele encara a tarefa com coragem e muita dedicação, no entendimento de que “ao paciente de câncer, só lhe resta uma alternativa: o SUS”.
 
O início da carreira do cirurgião, nascido em Feira de Santana em 23 de abril de 1960, tem uma forte relação com a Santa Casa de Misericórdia, afinal foi ali que ele deu os primeiros passos ainda antes de concluir os estudos de medicina, atuando como plantonista no Hospital Dom Pedro de Alcântara. Agradeceu ao provedor Rodrigo Matos, à diretora do HDPA, Sandra Peggy, a seus  companheiros de trabalho, especialmente os seus parceiros de cirurgia, dois ex-residentes dele, “o que me enche de orgulho”, e  a Deus, “acima de tudo”, por ter alcançado êxito em sua carreira. Emocionou-se ao falar dos pais e da família (mãe, esposa e um dos três filhos estavam presentes), “a quem devo o que sou”. Ao vereador José Carneiro, autor do projeto que lhe concedeu a Comenda, disse “meu muito obrigado, fiquei em dúvida se a merecia”.
 
“Nada é mais gratificante na vida do homem do que o reconhecimento”, disse José Carneiro, ao abrir um breve discurso de saudação ao homenageado seguido da leitura de um resumo da trajetória do médico – do início dos estudos na Escola Rui Barbosa, nesta cidade, passando pelo Colégio Maristas, em Salvador, até o ingresso na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1979 e a formatura em 1984. Fez Residência Médica em cirurgia geral no Hospital Ana Nery. Também passou pelo Aristides Maltez, sendo mais tarde integrado ao corpo médico deste hospital especializado em oncologia. A leitura do currículo “mostra a capacidade de doutor Robson”, diz o autor do Projeto de Decreto Legislativo concedendo a honraria.  Membro da Sociedade Brasileira de Cancerologia (que chegou a presidir) e da Associação Brasileira de Câncer Gástrico, o cirurgião exerceu o cargo de diretor da Associação Médica Brasileira, tendo sido também vice-presidente da entidade. Foi dirigente no Cremeb e é professor na Unifacs.

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