O debate sobre saúde pública na Câmara de Feira de Santana trouxe à tona, nesta quarta (30), um fato curioso: pacientes do SUS nesta cidade, com problemas cardiológicos estariam sendo conduzidos de ambulância, desta cidade, para Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, para serem submetidos a um exame de alta complexidade, a cintilografia. A informação foi dada pelo vereador Lulinha (União Brasil), ao criticar o Governo do Estado e a secretaria competente. Segundo ele, é uma despesa elevada “para um exame que deveria ser realizado aqui mesmo”. Enquanto isso, conforme Lulinha, na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de responsabilidade do Governo do Estado, ao lado do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), o problema é a falta de sanitário para os pacientes.
“Muitos são conduzidos em maca para fazer uso de sanitário em área externa”, reclamou. O vereador também reagiu a uma entrevista da secretária de Saúde da Bahia, Roberta Santana: “ela disse que, praticamente, só existe o HGCA e a UPA ao lado, atendendo o povo, em Feira. Não é verdade. Além do Hospital da Mulher, que entrega vários serviços, a Prefeitura oferece órgãos como o Centro Municipal de Diagnóstico por Imagem, Centro Municipal de Proteção contra o Câncer e tantos outros”. Exames preventivos em mulheres, ele assinala, são feitos nas unidades do Programa de Saúde da Familia, nos bairros e distritos.
Para o vereador Professor Ivamberg (PT), o desinteresse da Secretaria Municipal de Saúde pelo diálogo com o Estado é um dos entraves para a solução dos problemas. Ele garante que Roberta Santana é “aberta” para conversar, independente de questões político-partidárias, mas a pasta municipal de Saúde dificulta. “Se o Município, responsável pela atenção básica, não faz sua parte, isto sobrecarrega a alta complexidade”. No Clériston Andrade, ele diz, até quatro ambulâncias trabalham nos fins de semana, no transporte de pacientes .
A vereadora Lu de Ronny (MDB), que é enfermeira, mencionou demandas vinculadas ao Governo Municipal: servidores da saúde com salários atrasados e postos médicos sofrendo falta de insumos básicos para o atendimento ao público. Emerson Minho (DC) registrou que a Prefeitura fez dois contratos emergenciais para realização de reforma em unidades de saúde, mas nada saiu do papel.
Foto: Folha do Norte
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