Pastas de Meio Ambiente do Município e Estado contribuem para poluição de rios
Importantes para o abastecimento de água de aproximadamente sete milhões de baianos, especialmente a população feirense, os rios Jacuípe e Paraguaçu, encontram-se cada vez mais em risco, resultado da quantidade de lixo e dejetos da rede de esgotamento sanitário que recebem. O alerta está sendo feito pelo vereador Jurandy Carvalho (PSDB), que pronunciou-se sobre o assunto na Câmara. O problema, segundo ele, é agravado pelo “comportamento incoerente das secretarias Municipal e Estadual de Meio Ambiente”.
De acordo com o vereador, ao invés de cuidar, estes órgãos públicos “ajudam a poluir mais” os cursos de água natural. “Pelo que acontece com estes rios e seus afluentes, parece que estas secretarias não existem. Na verdade, são as que mais contribuem com a poluição, dando outorga e licenciamentos que não condizem com as regras em vigor”, protesta.
Jurandy chama a atenção tambem para um certo “descaso” por parte da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), ao deixar o esgoto de Feira sem o devido tratamento. Desta forma, a estatal acabaria permitindo que a sujeira chegue “in natura” nos rios: “Pescadores e demais pessoas que dependem das atividades exploradas ali para sua sobrevivência e de familiares, acabam sendo prejudicadas”.
Outra consequência negativa da degradação e assoreamento dos rios, de acordo com ele, é a provável contaminação da água utilizada para consumo humano. “A gente pode estar bebendo água misturada amigo, fezes e urina. O caso é sério. E se não tomarmos providencias, daqui a quatro ou cinco anos, poderemos ter colapso e falta deste líquido precioso para a vida”, adverte. Ao frisar que os governantes estão “sem fazer nada”, Jurandy cobra um planejamento governamental para a área. “A falta de cuidado é tanta que nem há um plano de revitalização das margens dos rios. Vamos precisar gastar quanto para tratar nossa água, depois?”, indagou.
Foto: semman