Políticas públicas para o ciclismo, previstas no Plano Diretor, não são implementadas pela Prefeitura

A ausência de políticas públicas, voltadas para a prática do ciclismo, é uma das causas dos acidentes, inclusive com mortes, que estão ocorrendo em Feira de Santana, nos últimos anos. O alerta está sendo feito pelo vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), que fez recentemente um pronunciamento sobre o tema, na Tribuna da Câmara. Segundo ele, com base em reclamações que chegam ao seu mandato, da parte dos próprios ciclistas, a cidade é carente de ciclovias, ciclofaixas e bicicletários.

Não há, também, integração com o modal de transporte coletivo e o segmento clama por mudanças na sinalização de trânsito, para orientar melhor o uso desses veículos de duas rodas. O vereador observa que algumas dessas medidas estão previstas, há cerca de seis anos, no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), mas não foram executadas pela gestão municipal. Aprovada pelo Legislativo em 2018, afirma Jhonatas, a lei estabeleceu o prazo de um ano para a implantação das ações.

“Pois bem. Estamos em 2024 e nenhuma das medidas que deveriam estar implementadas ao final de 2019, inclusive um plano relativo ao uso da bicicleta no Município, foram aplicadas. Nada disso foi feito”, protestou o parlamentar. Jhonatas entende ser “inaceitável”, que isto ocorra “justamente em um município onde tanta gente usa bicicleta, sejam trabalhadores e trabalhadoras para deslocamento ao local de serviço, ou os vários grupos que praticam o ciclismo como atividade esportiva.

Assim, entende o vereador, acidentes como o que causou a morte de um ciclista no final do mês de abril, na avenida Getúlio Vargas, não são casos isolados. “Infelizmente, é algo que tem sido recorrente em Feira de Santana nos últimos anos, revelando, dentre outras coisas, o descaso da Prefeitura em implantar políticas públicas para a área de ciclismo no Município”, afirmou.

Na avenida Nóide Cerqueira e em vários outros pontos da cidade, lembra o parlamentar, também foram registradas fatalidades: “Claro que às vezes, há a parcela de culpa individual de motoristas em alta velocidade ou de ciclistas portando-se nas vias, sem a devida atenção. Mas quando os acidentes acontecem com tanta frequência, certamente a inexistência de políticas públicas é um dos fatores preponderantes”.

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Foto; Izinaldo Barreto -Secom Fsa