Por causa da corrupção, empresas não tem interesse em operar transporte público em Feira, diz presidente da Câmara
8 de novembro de 2021
Há desinteresse, por parte das empresas do segmento de transporte público, por atuar no município de Feira de Santana. A constatação é do presidente da Câmara, Fernando Torres (PSD), que alega, para tal, os problemas de corrupção, seguindo ele existentes nesta área, “envolvendo Prefeitura, secretários e até ex-vereadores”. Em pronunciamento na Câmara, ele disse que “nenhum empresário quer saber” de operar nesta cidade, em razão da falta de credibilidade da gestão. “É um serviço que já foi muito valorizado, mas hoje não vale nada”, afirma o vereador. Questiona a Prefeitura sobre o projeto BRT, anunciado pela Administração Municipal. “O gato comeu”, ele mesmo responde, para concluir que “não deslanchou”.
Fernando lembra que a corrupção no transporte coletivo em Feira de Santana foi tratada por ele em seu primeiro discurso na atual legislatura. À época, criticou a postura de um dirigente do Sindicato dos Rodoviários, ex-vereador: “Agora, infelizmente, a população vai pagar por tanta corrupção”. O presidente da Casa da Cidadania considera que as empresas não são as responsáveis pela crise, “uma vez que lhes prometeram o que não poderiam cumprir”.
EDVALDO LIMA: PROJETO PREVÊ CONTRATAÇÃO DE MAIS DUAS EMPRESAS
O vereador Edvaldo Lima (MDB) dialogou com o colega sobre o tema, lembrando que tramita na Casa um projeto de sua autoria propondo que mais duas empresas sejam licitadas pelo Município. “Imagino que, somando quatro operadoras no sistema, distribuindo-se as linhas entre elas, o transporte dos feirenses possa melhorar”, ele diz. E lamenta que o prefeito Colbert Martins Filho tenha “proibido” o secretário de Transportes (Saulo Figueiredo) de conceder entrevistas para esclarecer a população sobre o que se passa no setor.