Os resultados das Pré-Conferências Municipais de Assistência Social foram o tema da audiência pública que aconteceu nesta quinta-feira (27), na Casa da Cidadania. Atendendo ao requerimento da Comissão de Saúde, Assistência Social e Desporto, o debate possibilitou a exposição dos entraves enfrentados pelos assistentes sociais no município.
O chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Pedro Américo Lopes, enfatizou a importância de os assistentes sociais escutarem as pessoas em situação de vulnerabilidade. Pedro Américo ainda lembrou que as Pré-Conferências possibilitaram a implantação do Setor de Educação Permanente, da vigilância socioassistencial e a descentralização e reestruturação do organograma da Secretaria.
Ângela Maria Pérsico, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social apresentou dados da pesquisa realizada com o público que frequenta os equipamentos em questão. A presidente citou os benefícios dos programas para as famílias atendidas.
Os inconvenientes também foram abordados pela presidente, que citou a estrutura física inadequada, equipe insuficiente para a demanda, falta de divulgação e material escasso para a realização de oficinas. “Hoje é impossível dar conta de um território tão grande. Não temos como crescer enquanto tivermos apenas 15 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) em Feira de Santana”, contestou.
O vereador Luiz Ferreira Dias (PPL) relacionou a importância da assistência social com a saúde pública, defendendo que ambas necessitam de atenção com o objetivo de defender os direitos da população.
O edil Roberto Tourinho (PV) também fez uso da palavra, afirmando que os moradores do Minha Casa Minha Vida estão desassistidos e enfrentam sérios problemas. “Nós estamos criando uma bomba relógio que a qualquer momento pode explodir na cidade” completou.
O diretor do Departamento de Proteção Social do Sistema Único de Assistência Social (Suas), Carlos Lacerda, pontuou a preocupação do Governo Municipal com os equipamentos de assistência social. Segundo ele, os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e CRAS irão atender as normas de acessibilidade, apesar da dificuldade com o atraso no repasse de verbas do Governo Estadual.
Com o microfone ofertado ao público, a presidente da Associação Cristã Nacional – Thelma Carneiro – reivindicou pelos direitos dos idosos, afirmando que as entidades feirenses enfrentam o atraso e verba insuficiente. “Os idosos precisam ser, efetivamente, prioridade”.
A vereadora Aldney Bastos – Neinha (PTB), que compõe a Comissão, finalizou ressaltando o valor do assistente social. A edil lamentou a falta de estímulo dos trabalhadores devido ao baixo salário ofertado e equiparou a importância deste trabalho com o dos profissionais da saúde, exigindo salários equivalentes.
A audiência foi promovida pela Comissão de Saúde, Assistência Social e Desporto, conduzida pelo presidente da Casa – José Carneiro (PSDB) – tendo a Mesa composta pelo presidente da Comissão, vereador José Marques; por Pedro Américo Lopes e por Angela Maria Pérsico.
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