Prefeito precisa ter coragem e assumir que é o gestor da cidade
6 de outubro de 2021
Assédio moral, dentre outras definições, engloba atos ocorridos durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. Essa definição se encaixa literalmente no Paço Municipal de Feira de Santana, segundo a vereadora Eremita Mota (PSDB), que discursou sobre o assunto na Câmara Municipal nesta terça (5). De acordo com a parlamentar, as pessoas que procuram o gabinete do prefeito estão sendo humilhadas, pois não conseguem atendimento com o prefeito, e que ele precisa mostrar pra que veio.
“A Prefeitura é o local onde pessoas que, às vezes, se sentem mal, na condição de se manterem desempregadas, procuram para tentar falar com o prefeito e agendar atendimentos com os vereadores aqui, pois sempre houve esse costume. Mas há uma pessoa chamada Liu no gabinete do prefeito que tem dito às pessoas que procuram o Paço que elas têm que fazer de conta que eu, vereadora, não existo”, disse.
E continuou: “Pela definição de assédio moral, posso dizer que já fui assediada na Prefeitura pelo próprio prefeito. Eu não quero colocar nenhuma amiga na berlinda; a gente espera que o senhor tempo se encarregue. Então não vou dizer quem me disse isso. Mas essa situação tem que parar. É preciso que o prefeito tenha a coragem de dizer assim: “eu sou verdadeiramente o prefeito de Feira”, e mostrar pra que ele chegou e pra que ele veio, e o porquê desse interesse todo em ocupar este cargo”.
Eremita disse que lembrou recentemente o ex-prefeito José Ronaldo e o atual prefeito eram inimigos. “José Ronaldo nunca teve feição pelo MDB. Mas se o prefeito fez tanta questão (de ocupar o Paço), não entendo pra que tanta perseguição, tanto tratamento ruim, tanta indiferença com as pessoas. Nós somos gente, nós somos pessoas, e queremos respeito. Feira de Santana quer respeito; quer um prefeito que atenda as pessoas, que abra a prefeitura, que agende horários para atender as demandas da população”, pontuou.
Edvaldo Lima (MDB) reiterou o discurso sobre assédio moral que a colega trouxe à tona na tribuna e chamou o gabinete do Paço Municipal de “gabinete do inferno”. Disse que as pessoas têm sido humilhadas quando lá procuram, e que o próprio governo acionou diversos vereadores na Justiça alegando nepotismo. “E o governo fazendo nepotismo. Agora imagine? Isso que está acontecendo é passível de uma representação judicial, e me coloco junto à senhora para pedir o afastamento da senhora Liu e do secretário de governo, Denilton Brito”, salientou.