Profissionais cuidadores de crianças com deficiência estão entre os servidores da Prefeitura de Feira de Santana que sofrem com atraso de salários, segundo reclamou hoje (28), na Câmara, o vereador Luiz da Feira (Avante). Ele disse que existe um impasse entre a Prefeitura e a empresa de nome ADM, responsável pelos contratados para prestar o serviço nas creches do Município: “Estão há dois meses sem receber. O prefeito fala que pagou, a empresa alega que não recebeu. E nisto, estes funcionários que realizam um trabalho tão importante, ficam sem salário. Já não basta o que estão passando os profissionais de saúde?”.
Jhonatas Monteiro (PSOL) lembrou que mães de crianças autistas chegaram a ocupar a Secretaria Municipal de Saúde em busca de resposta da gestão. “É difícil de entender ou justificar, já que, sem receber seus salários, essas cuidadoras terão dificuldade em prestar o atendimento adequado a crianças com deficiência ou com algum tipo de transtorno”, observou. “Como essas pessoas vão cuidar da saúde da população, se não são bem cuidadas pela gestão municipal?”, indagou o vereador.
ENFERMEIROS SEGUEM SEM RECEBER O PISO
Enquanto instituições como o Hospital Estadual da Criança (HEC) e Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) já efetuaram o pagamento do novo piso da enfermagem aos seus profissionais, a Prefeitura de Feira de Santana ainda não se posicionou sobre o repasse do valor a estes servidores que atuam na rede municipal de saúde. A reclamação foi feita nesta terça-feira (28) na Câmara Municipal por alguns vereadores. Eles voltaram a cobrar que o prefeito Colbert Martins Filho efetue o pagamento. Lu de Ronny (MDB), classificou a situação como “uma falta de respeito do governo”, que tem causado desgosto e desânimo aos profissionais.
Ela observa que são funcionários que atuam na ponta do serviço e precisam estar preparados para receber bem a população. “Mas qual é o ânimo que vão ter para prestar bom atendimento, se às vezes não possuem dinheiro nem para pagar a condução até o trabalho. Ela recebe mensagens nas redes sociais de servidores falando do sentimento de abandono, “pois nem o prefeito ou a secretária Municipal de Saúde se posicionam sobre o fato”. Para Emerson Minho (DC) há contradição nos argumentos da Prefeitura. “Falaram que pagava o Imaps, mas este não fazia o repasse para os funcionários. Fizeram troca de empresa, e após um mês que isto ocorreu já estão devendo os salários”, disse.
Foto: Jorge Magalhães
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