No uso da tribuna, na sessão ordinária desta terça-feira (27), na Casa da Cidadania, o presidente da Casa, vereador José Carneiro Rocha (PSDB) se dirigiu aos camelôs presentes nas galerias da Câmara. O presidente pediu que os colegas ponderem o trato entre si.
“Esta é a Casa do povo, onde todo cidadão e categoria tem o direito de reivindicar e defender convicções. Sabemos que vivemos num momento crucial em relação ao Shopping Popular; temos consciência de que ele promete e vimos nele a grande possibilidade dos ambulantes trabalharem honestamente porém, há questões que foram levantadas e estamos usando a Câmara como intermediária. Todos os edis estão incumbidos nessa questão com o intuito de pacificar e colaborar com vocês”, disse o presidente, se dirigindo aos ambulantes presentes nas galerias.
E continuou. “Os pontos discutidos pela categoria são questionáveis. Dizem que não sobreviveriam pagando R$ 80 reais no metro quadrado, esse é um ponto crucial e nós todos também entendemos que é um valor considerável. Os camelôs vivem nas ruas com suas barracas e não tem esse compromisso. Claro que queremos acreditar que o equipamento dará aos camelôs melhor visibilidade”, pontuou.
Segundo o presidente, não pode deixar de reconhecer que os edis fizeram várias críticas ao empresário Elias Tergilene. “Defendemos o vereador Luiz da Feira, quando houve tentativa de macularem sua imagem, e entendemos que este senhor não é, de maneira nenhuma, exemplo de empresário nesse país. Temos informações da existência de problemas em empreendimentos comandados por Elias. Tenho um amigo em Caruaru e lá a situação também é grave em um empreendimento de propriedade de Elias Tergilene”, informou.
O presidente disse ter convicção de que não adiantar alterar os ânimos no debate em relação ao Shopping Popular. “Não adianta também usar discurso político e inflamar porque não será a solução; falar o que pensamos de forma inflamada não resolverá o problema. Entendo que o que esta Casa tem feito é o que se pode fazer: reunir a categoria, dar voz e vez. Ainda não chegou o pedido para o uso da tribuna livre mas, liberamos para que o representante dos ambulantes falasse ontem e não nos sentimos constrangidos, pelo contrário, estamos felizes por esta Casa está cheia de homens e mulheres de bem, que querem garantir seu espaço e sustento”, avaliou.
Zé Carneiro pediu que os colegas não se dirijam uns aos outros com discursos inflamados. “Temos que respeitar a posição de cada um. Entendo que Elias têm problemas sérios em outros estados e quero acreditar que a Prefeitura e o secretário Borges Júnior tenham habilidade para resolver os problemas e não criar mais um. Os pontos que foram pautados são chave e serão levados hoje ao prefeito. Junto com os ambulantes vão os edis Alberto Nery, Marcos Lima e Luiz da Feira. Observei que na pauta estão: a suspensão do sorteio até a audiência com o prefeito; revisão do contrato; cópia do contrato de inquilinato e redução dos valores dos boxes”, listou.
Para o presidente, as reivindicações são plausíveis. “São questões que podem e devem ser debatidas. Ouço dizer que quem ocupar o boxe e não pagar será despejado e isso não pode acontecer. Acredito que tudo que foi pautado aqui pode ser resolvido. Não vou discutir setorização, pois ela pode ser importante; são discussões que podem ser ampliadas. Também não consigo entender como se daria o ordenamento se não houver o sorteio. Vejo que, se há um box interessante para mim, eu vou sinalizar. Acredito que nessa questão a democracia deve prevalecer e o sorteio não iria privilegiar ninguém”, opinou.
Para finalizar, o presidente agradeceu a presença dos camelôs nas galerias da Casa. “Vocês têm demonstrado que são pessoas civilizadas, estão aqui defendendo seus interesses e não há um vereador nesta Casa que esteja contra vocês”, findou.
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