Prevendo eleições de 2024, vereador sugere criação de chapas para não disseminar votos
28 de dezembro de 2022
“Acredito que devemos analisar a possibilidade de criar chapas para as eleições de 2024, e não criar uma só, para não acontecer de novo o que aconteceu comigo”. A declaração é do vereador Lulinha (União Brasil), a respeito do próximo pleito eleitoral para eleger vereadores e prefeito. O parlamentar, que atualmente é suplente, lamentou a disseminação dos votos na última eleição.
“Em 2020, mais de 700 vereadores obtiveram votos, porque várias pessoas foram escolhidas como representantes de redutos eleitorais, apesar de estes locais já terem vereadores representantes, com maior expressividade. Fizeram isso comigo. Soube que procuraram saber onde eu tinha mais votos, e sugeriram que algumas pessoas se candidatassem para tirar meus eleitores e dissipar os votos”, disse.
A sugestão de Lulinha é que, havendo a criação de várias chapas, há possibilidade de um número maior de vereadores se elegerem no próximo pleito. “Sabemos que o quociente eleitoral, em média, é 15 mil aqui. Se mudar a forma como são distribuídos os votos a serem obtidos pelos candidatos, dá margem para vários se elegerem”, explicou.
Zé Curuca (União Brasil) salientou que no distrito de Humildes houve 27 candidatos à vereança na última eleição, “que receberam promessas quanto ao valor do Fundo Partidário”. Disse ainda que “tiveram dois candidatos, especificamente, disputando a eleição com vereadores antigos, que já tinham trabalhos prestados no distrito, apenas para tirar votos”.
O quociente partidário define o número inicial de vagas que caberá a cada partido ou coligação que tenham alcançado o quociente eleitoral. Este, por sua vez, define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais, que são as que envolvem campanha de deputado federal, deputado estadual e vereador.