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Professora é acusada de maus-tratos a idosos em Centro de Convivência Municipal de Feira de Santana
16 de julho de 2024

Idosos que frequentam o Centro de Convivência Dona Zazinha Cerqueira, serviço oferecido pela Prefeitura de Feira de Santana, no bairro Muchila, estão sendo vítima de maus-tratos praticados por uma professora de dança da instituição. A denúncia foi feita na Tribuna Livre da Câmara, nesta terça-feira (17), por Ivone Santana, representante de idosos insatisfeitos com a conduta da profissional e que solicitam providência das autoridades. Com 60 anos e sendo uma das pessoas cadastradas nas oficinas oferecidas, ela relatou que xingamentos, constrangimentos e diversos outros atos desrespeitosos têm sido usuais por parte da profissional, que é apenas cuidadora de idosos, não tendo, portanto, formação específica na área de dança.

“Diz que eles têm mau cheiro, critica por não terem a bunda como a dela e age de forma muito arrogante. Em dezembro passado, por exemplo, durante apresentação no Mercado de Arte Popular (MAP), onde participaram aproximadamente 80 idosos, a professora tratou uma senhora de tal modo que a fez passar mal e ficar hospitalizada por 15 dias”, informou, explicando que a motivação foi o fato de uma florzinha ter saído um pouco do cabelo da idosa, enquanto dançava. No último dia 20, acrescentou Ivone, a professora se chateou porque uma idosa estava vestindo short. “Disse que a pessoa era burra e não sabia dançar, em meio a um samba de roda que ocorreu lá”.

Conforme também garantiu Ivone, a situação já foi comunicada a diversos órgãos do Município, como a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedeso) – pasta a que está vinculado o Centro Dona Zazinha, a Casa de Conselhos e ao Ministério Público (MP-Bahia). No entanto, desde janeiro o problema vem se arrastando, sem solução. “No Conselho, a presidente até está ouvindo os idosos, mas, mesmo assim, a professora continua destratando os (idosos) que ela não gosta”, afirmou.

A idosa pediu apoio do Poder Legislativo, durante seu pronunciamento na Tribuna Livre, a fim de garantir o direito das pessoas de terceira idade. “O Zazinha deveria ser um lugar para nos receber, nos acolher e fazer nos sentirmos bem”, lamentou.

Perplexa com o relato da idosa na Tribuna Livre, a presidente da Casa da Cidadania, vereadora Eremita Mota (PP), classificou como “absurda a existência de tais fatos no serviço público, em pleno século XXI”. “Repudiamos. Agora, por trás disto, tem uma grande incapacidade gerencial por parte da Prefeitura. Porque não é possível que não se tenha tomado providências ainda contra isto”, protestou.

Para Gerusa Sampaio (UB), é importante saber que as situações descritas são de conhecimento de instituições como o MP e órgãos municipais. “Pelo que ouvimos, todas as medidas que poderiam ser feitas, foram providenciadas”, disse.

Também, dizendo-se assustado com o que ouviu na Tribuna Livre, Jhonatas Monteiro (PSOL) apontou a existência de “grande contradição” na prática de maus-tratos, justamente em um Centro de Convivência onde se deveria “zelar” pelo idoso. No mínimo, entende o parlamentar, o Município deveria estabelecer o afastamento da funcionária, mesmo antes de pronunciamento do MP, a fim de apurar o que está ocorrendo.

“Não pode, uma denúncia desta natureza, ficar sem providências por tanto tempo. É importante agir o mais rápido possível”, cobrou, alertando que a demora pode levar a uma série de outros adoecimentos das pessoas.

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