Os serviços de coleta de lixo e limpeza pública não estão sendo realizados em algumas ruas do bairro Queimadinha, em Feira de Santana, resultando em acúmulo de resíduos e aumento do risco de doenças, como a dengue. A reclamação da comunidade foi feita pelo vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), em pronunciamento hoje (22) na Tribuna da Câmara. Segundo ele, ouviu o relato dos moradores e constatou pessoalmente a veracidade do problema. “Apesar de serem coisas corriqueiras, causam imenso transtorno e mexem com a autoestima das pessoas. Imagine morar em um lugar, onde quem entra e sai de casa, se depara com uma espécie de lixão?”, questionou, acrescentando que a população aciona o número 156 e não obtém resposta.
Conforme informou o vereador, na rua Eduardo Espíndola há muitos anos não ocorre o serviço de coleta. E isto, mesmo após a população ter acionado os órgãos públicos e conseguido a presença do diretor do Departamento de Limpeza Pública, João Marcelo, à comunidade. O representante da Prefeitura compareceu, no entanto a problemática continuou sem resolução. Já no cruzamento das ruas Arnold Silva e Carlos Valadares, o que assusta é a quantidade de dejetos acumulados, inclusive motivando o aparecimento de animais peçonhentos (escorpiões e cobras).
“É fora do comum. Tem lixo de ponta a ponta”, disse Jhonatas. Até a lateral de escolas como a Coriolano Farias, no bairro Queimadinha, está servindo de depósito de lixo.
Para o vereador Eli Ribeiro (Republicanos), que comandou por mais de três anos a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp), a causa deste tipo de problema pode estar relacionada ao descarte em local indevido. Populares, carroceiros e até pessoas de alto poder aquisitivo cometem esta infração, disse ele. “A Sesp tem cronograma de limpeza destes lugares. Na entrada da Rua Nova, por exemplo, a coleta e a limpeza são feitas regularmente, mas todos os dias as pessoas deixam lixo [fora do horário]”, explicou. O parlamentar sugere que a Prefeitura aperte no sentido da aplicação de multas mais pesadas, a fim de punir quem comete o erro.
Já Pastor Valdemir (PP) acredita que o poder público deve focar em campanhas de reeducação direcionadas à sociedade. “Se não se fizer isto, vai se estar enxugando gelo”, disse citando um ditado popular. O vereador lembrou que presenciou uma situação na esquina da rua Tomé de Souza (bairro Calumbi), onde a Sesp realizou uma limpeza geral durante a madrugada e fez-se uma rampa de acesso muito bonita. “Acontece que as pessoas estão parando os carros e jogando o lixo em cima da rampa construídas para os cadeirantes”, criticou.
O Código de Meio Ambiente e o Plano de Manejo de Resíduos Sólidos do Município, argumentou Jhonatas, já estabelecem medidas relativas a educação ambiental. Falta, em sua avaliação, o Governo Municipal regularizar o serviço de limpeza e adotar ações para estimular o correto tratamento dos resíduos produzidos. “A própria comunicação da Prefeitura qual foi a campanha que fez, utilizando os recursos públicos para esta educação? Não fez nenhuma , seria bom que fizesse. E se a secretaria tem um cronograma que acelere, pois a população quer urgência na resolução deste problema”, cobrou o parlamentar.
Foto: Mandato de Jhonatas Monteiro
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