RETRATOS DE FEIRA (191 ANOS) Desde 1833 a Câmara cumpre papel relevante no crescimento do Município

Não se pode falar, da trajetória e dos rumos de Feira de Santana, sem relembrar da relevante função exercida pelo Poder Legislativo, ao longo destes 191 anos de Emancipação Política do Município. A observação é do advogado e ex-vereador feirense de dois mandatos, Fábio Lucena. Ele foi um dos palestrantes da sessão especial que celebrou a data comemorativa na Câmara, nesta quarta (18). Participaram da solenidade, além de vereadores, o vice-prefeito Fernando de Fabinho (representando o prefeito Colbert Martins Filho), arcebispo metropolitano Dom Zanoni Demettino Castro, professora e escritora Lélia Vitor Fernandes (também palestrante) e o deputado estadual José de Arimatéia.

Com uma atuação que se iniciou em 18 de setembro de 1833, quando possuía apenas sete vereadores e não tinha local fixo para realizar suas sessões, o Legislativo Feirense foi crescendo e acompanhando o desenvolvimento da Princesa do Sertão, lembrou Fábio Lucena. A partir de 1929, Feira teve seu primeiro prefeito eleito, Elpídio Nova. Somente a partir de então, a Câmara se instalou no Paço Municipal. Posteriormente, ficou no prédio do INSS, e por fim, mudou-se para a sede atual, local onde funcionava a antiga Cadeia Pública.

“Durante todo o período, esta Casa desempenhou um importante papel na construção do Município, inclusive travando sérias batalhas”, disse o palestrante, alertando que exercer o mandato de vereador não é tarefa fácil. Um dos aprendizados necessários, frisa ele, é o de saber lidar com as críticas e elogios dos cidadãos. “Há constante observação sobre quem atua na área pública. Não é diferente com a Câmara, devido seu tipo de atividade, tamanho e gestão. É uma missão árdua, mas a cada dia se percebe que se está buscando o melhor para o Município”, afirmou. Lucena recebeu uma placa, alusiva à data festiva.

Formada por 21 vereadores, a legislação já permite que a Câmara feirense tenha até 27 parlamentares, garantiu. “Mas houve entendimento aqui de que se deveria manter o quadro atual”, observou. Expressando satisfação por ser morador de Feira e ter integrado a Casa da Cidadania, o advogado finalizou sua fala parabenizando a Princesa do Sertão por ser uma terra que acolhe todos, sejam filhos natos ou adotivos: “Que tenhamos responsabilidade para conduzir nosso Município, maior cidade do norte e nordeste, à condição de pleno desenvolvimento e ao lugar de rainha que ela merece”.