Regulação: Mulher morre na Policlínica do Parque Ipê, sem ser transferida para hospital especializado
28 de novembro de 2022
Uma mulher morreu em um dos leitos da Policlínica Municipal localizada no bairro Parque Ipê, em Feira de Santana, enquanto aguardava regulação. Segundo o vereador Correia Zezito (Patriota), Cássia Santos Costa, que necessitava de assistência em um hospital de alta complexidade, não foi regulada pelo sistema de responsabilidade do Governo do Estado. “Não sou petista, portanto não posso regular”, protesta o vereador, em crítica à forma como funciona o serviço, segundo ele, sob a influência de políticos vinculados ao governo baiano. “Como fazer?”, ele questioona, “para melhorar a saúde no nosso município”, principalmente a assistência de urgência e emergência.
A regulação é um sistema, na Secretaria Estadual de Saúde, que organiza a transferência de pacientes que chegam às UPA’s (Unidade de Pronto-Atendimento) e policlínicas em necessidade de assistência médica especializada. Diariamente, dezenas de pessoas aguardam por uma vaga, em Feira, na rede hospitalar do Estado.
“Pessoas perdem a vida sem conseguir ser transferidas para unidades de referência”, lamenta o vereador Lulinha (União Brasil). Ele diz que o futuro governador, Jerônimo Rodrigues, precisará “investir para acabar com esta fila criada por Wagner (o ex-governador Jaques Wagner)”. “Não suportamos mais”, diz o vereador Pastor Valdemir, mais um crítico da regulação. “As pessoas nos procuram à meia noite pedindo socorro e não sabemos a quem recorrer”. O que “mais entristece”, em sua avaliação, “é que não vemos reação para amenizar esta situação”.
Em defesa do Governo do Estado, o vereador Paulão do Caldeirão (PSC) cita as obras de Rui Costa na área de saúde, principalmente os “vários hospitais regionais”. Ele afirma que “nenhuma outra administração investiu tanto”, na assistência médica dos baianos.