O que implica, no cotidiano de professoras, mulheres e mães com filhos ainda crianças, o ensino remoto em tempos de pandemia? O questionamento é do coordenador geral da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (ADUFS), Elson Moura Dias Júnior, que participou nesta sexta (16) de audiência pública virtual promovida pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara para debater a retomada das aulas, por meio não presencial, na rede pública de ensino neste município. O dirigente lembra que, no ensino básico, as mulheres são majoritárias no corpo docente. Ele utiliza como parâmetro, nessa discussão, uma resolução do Conselho Superior da universidade, em seu parágrafo 4º, artigo 18, cujo teor foi apresentado em seu pronunciamento de 10 minutos.
O documento recomenda considerar “questão de gênero e maternidade”, especialmente de mães de menores de 12 anos de idade, no planejamento pedagógico e na distribuição de encargos docentes, em especificidades sociais decorrentes da pandemia (de Covid-19), enquanto vigorar o ensino remoto emergencial. “A preocupação está colocada. A retomada da aulas por meio virtual levou em conta? “, afirmou. Para melhor exemplificar o quadro, o coordenador da ADUFS relatou o drama de uma colega, professora de Biologia, mãe de três filhos entre 3 e 6 anos, que faz seu planejamento na madrugada e “enfrenta momento difícil para manter suas aulas e conciliar tudo isto com a maternidade”.
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