“O governador Rui Costa falou que vai impedir o direito de ir e vir das pessoas no período do São João. Pelo amor de Deus, o “coronabala” está matando mais que o coronavírus. Se o senhor conseguir manter as pessoas dentro de casa, em suas residências, durante o período junino, dia 25 eu peço renuncia do meu cargo de vereador”. A declaração é do vereador Pedro Cícero (Cidadania), que teceu críticas ao governo do Estado quanto à suspensão da circulação dos ônibus intermunicipais e proibição de festejos, em discurso na Câmara nesta terça (18).
As críticas são referentes à suspensão quanto à circulação dos ônibus intermunicipais durante o período junino, bem como à proibição para realização de festejos de São João, medidas que foram divulgadas pelo governador na segunda (17), e que também valerão para o período do São Pedro. O Governo do Estado visa evitar, ao máximo, o contágio do coronavírus e, consequentemente, a explosão de novos casos, de acordo com o anúncio de Rui Costa.
Pedro Cícero indagou se o governador pretende, mais uma vez, prejudicar as empresas de ônibus, e destacou a necessidade de mais investimentos na segurança pública. “O senhor vai tentar quebrar, mais uma vez, as empresas de ônibus? As pessoas estão precisando é de um psicólogo, governador, e o senhor precisa prestar contas quanto ao dinheiro destinado para a compra de respiradores para os hospitais. Isso é brincar com os baianos. Quero dizer, mais uma vez, que o senhor também precisa investir em policiamento, em mais viaturas, porque o coronabala está matando mais que a covid-19”.
O vereador Edvaldo Lima (MDB) concordou com o discurso do colega sobre o fato de que o ‘coronabala’ está matando mais que o coronavírus, e lamentou que o Governo do Estado esteja usando os policiais militares para realizarem as blitze do IPVA. “O governador tirou os policiais do seu papel de prestar segurança para a sociedade para coloca-los para fazerem as blitze do IPVA. Mas a bala está matando mais. E ainda dizer que vai deixar as pessoas presas em casa no São João e tirar as empresas de ônibus de circulação, é para quebrar o resto das empresas”, disse.