Segundo Jhonatas, toda brutalidade que foi vista na semana passada não pode passar em branco
5 de abril de 2022
“A coisa mais absurda que ocorreria seria começar essa sessão aqui fingindo que nada aconteceu; que o que se passou na quinta e na sexta da semana passada foi algo normal, aceitável. Se nós não dermos um freio nessa situação agora, daqui a pouco pode não ser um professorado agredido, mas um feirante ou alguém de outra categoria profissional que tente erguer sua cabeça e usar sua voz para reivindicar”. A declaração é do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), que discursou sobre o fato ocorrido na Prefeitura, na semana passada, nesta terça (5) na Câmara Municipal.
De acordo com Jhonatas, o governo municipal é considerado como sendo horrível e antipopular, contra os direitos do povo feirense, mas nega isso sistematicamente. “Quero dizer que nós não podemos perder o foco nem deixar isso tudo passar em branco, e que continua posta a necessidade de o governo municipal responder a todos os pontos que foram apresentados em relação às escolas do município e aos professores que atuam na cidade”, pontuou.
Ele disse que tem visto várias pessoas discutindo sobre o que foi quebrado ou não dentro da Prefeitura, em vez de discutir o que está posto, como, por exemplo, um teto de uma escola que estava para desabar e que pais e mães de alunos estavam reivindicando. “A gente continua com as escolas sem as estruturas devidas. E vale ressaltar que não haverá uma boa educação se não tratarmos diretamente com quem trabalha na ponta, lidando com gente, que são os professores”, destacou.
Jhonatas disse também que nenhum outro servidor do município tem o seu contracheque dividido em duas partes, com os salários pagos em parcelas, como o que acontece com a categoria dos professores. “É puro e simplesmente um desejo de massacrar a educação, e depois não querem que a categoria se movimente e cobre. Por isso que as pessoas vieram solicitar o devido e obrigatório apoio ao Poder Legislativo e foram às ruas”, salientou.
Ainda, frisou que continua esperando a devida resposta do governo municipal a todos esses problemas da educação. “Isso porque a gente assistiu nos últimos dias o prefeito e seus meninos de recado indo à mídia distorcer as coisas, e falar sobre tudo, menos sobre o que deve. Hoje, se sua criança não pode estar dentro da escola, existe um culpado, e é o prefeito Colbert Martins Filho. A resposta precisa vir; a secretária de educação disse que precisa estudar a pauta de reivindicações para responder, mas a pauta é a mesma apresentada há mais de um ano”, pontuou.