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Sem fumacê e com reduzido número de agentes, aumentam casos de dengue em Feira
13 de junho de 2023

Carros do fumacê quebrados, falta de material para os bloqueadores (mochilas que os agentes de endemias usam no combate às arboviroses), entre outros problemas, reduzem a capacidade de atuação dos agentes comunitários de saúde, em Feira de Santana, justamente no momento em que aumentam sensivelmente os casos de dengue no Município. O alerta está sendo feito pelo vereador Emerson Minho (DC). Em pronunciamento hoje na Câmara, ele disse que o insuficiente número de profissionais em campo, para fazer o trabalho, é mais uma reclamação da categoria, pois “deveria haver 400 homens, mas só tem 190 em ação”.  Com a quantidade reduzida, um agente acaba visitando cerca de 60 casas por dia, sendo que deveriam ser apenas 25 para cada um.

Além disso, a gratificação,  “um direito adquirido pela classe”, determinado em lei aprovada na Câmara Municipal, não está sendo paga pela Prefeitura”, disse. Diante de tamanha crise,  agentes de endemias estão sofrendo com depressão e estafa, informa o vereador. Em Feira de Santana, segundo informações por ele obtidas, ao menos  cinco pessoas já morreram nos últimos meses em decorrência da doença. Citou o caso, recentemente,  de uma mulher de 20 anos, que morava no bairro Caseb, e morreu de dengue hemorrágica “por falta de atendimento adequado em Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), onde  não são realizados exames para detecção da doença”.

Emerson observa ainda que, de acordo com os especialistas, a nova cepa do aedes aegipty, mosquito transmissor, é mais agressiva e está levando ao aumento no número de casos de dengue hemorrágica. Adverte para a probabilidade de um agravamento do quadro nos próximos meses, uma vez que, após o período das chuvas aumenta a temperatura, momento em que as larvas dos mosquitos eclodem.  “E o que o Poder Executivo está fazendo?  Vocês têm ouvido alguma propaganda  alertando para a doença?”, criticou. Ele sugeriu à Comissão de Saúde da Casa que se mobilize no sentido de cobrar “soluções práticas” da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carlita Correia. E anunciou que vai apresentar um requerimento direcionado à Prefeitura, questionando os problemas.

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