FECHAR
Licitações Contratos Convênios Leis Decretos Portarias Relatórios da Responsabilidade Fiscal Estrutura Organizacional Folha de Pessoal
Serviço de Declaração de Óbito: “Já teve caso de a pessoa ficar no banheiro, caída no chão, porque não pode mexer no corpo”
18 de agosto de 2021

“Vocês sabem o que é ter um ente querido fazendo uma autopsia? É complicado. Se a pessoa morrer em Feira de Santana às 16 horas e o médico estiver atestando um óbito em Jaguara, por exemplo, a pessoa vai ficar em cima da cama esperando. Já teve caso de a pessoa ficar no banheiro, caída no chão, porque não pode mexer no corpo; se mexer, o médico não dá o atestado”. A declaração é do vereador Emerson Minho (DC), em discurso na Câmara Municipal esta semana.  
 
O parlamentar, que é Perito Técnico da Polícia Civil, discursou na tribuna sobre o projeto de lei nº 047/2012021, de autoria do vereador Edvaldo Lima (MDB), que institui o Serviço de Declaração de Óbito (SDO) e dá outras providências. O projeto foi aprovado em primeira discussão na Casa Legislativa na terça (17) e segue para discussão em segunda votação nesta quarta (18). 
 
Emerson Minho disse que é favorável ao projeto porque ele tem uma sensibilidade foras do normal. “Nós, que somos vereadores de comunidade, que estamos labutando diretamente com o povo, sabemos do sofrimento que ele vive. Venho defender o seu projeto porque eu sei o que é isso; como perito técnico da Polícia Civil, vejo, muitas vezes, a quebra de braço entre a Prefeitura e o Departamento de Polícia Técnica (DPT). A pessoa morre em casa, por morte natural, e a Prefeitura não vai até o local porque sabe que é uma causa natural, e fica nesse empurra-empurra”, frisou. 
 
Para o vereador, não é admissível que uma cidade como Feira de Santana ainda não disponha de um Serviço de Declaração de Óbito (SDO) no período de 24 horas oferecido pela Prefeitura. “Isso é um absurdo. Por isso voto favorável a esse projeto, porque vejo que é voltado para a comunidade mais carente, porque quem tem plano de saúde morre no hospital. Mas o pobre coitado fica sofrendo em casa, esperando, e aí vela duas vezes: antes do atestado e depois. Esse é um dos melhores projetos que eu já vi aqui nesta Casa porque mexe com a dor, com o cuidado com o outro”, pontuou. 
 

Este website utiliza cookies próprios e de terceiros a fim de personalizar o conteúdo, melhorar a experiência do usuário, fornecer funções de mídias sociais e analisar o tráfego. Para continuar navegando você deve concordar com nossa Política de Cookies e Política de Privacidade e Proteção de Dados.