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Servidores denunciam precariedades no SAMU e ameaçam paralisar
21 de março de 2024

Prestes a paralisar as atividades, medida prevista para a próxima quinta (28), os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Feira de Santana denunciam precariedades nas condições de trabalho, como veículos quebrados e sucateados, falta de sistema de radiocomunicação, computadores, indisponibilidade de materiais e insumos. A “situação de caos” foi denunciada pelo representante dos funcionários, Rafael Santos da Silva, que discursou na Tribuna Livre da Câmara Municipal, nesta quinta-feira (21).

Segundo ele, os problemas são resultantes “do processo de sucateamento imposto pela gestão da coordenadora municipal Maiza Macedo”. Rafael diz que a enfermeira ocupa a coordenação do SAMU há mais de 20 anos, perpetuando-se no cargo de forma “ditatorial e “centralizadora”.  Segundo ele, a gestora tem conhecimento das condições precárias de trabalho, que colocam em risco a segurança dos trabalhadores e pacientes. No entanto, ele diz que Maiza Macedo “mostra-se muito mais preocupada com a sua evolução pessoal”.

Isto porque, conforme o profissional, mesmo com a obrigatória dedicação integral ao cargo, ela “acumula atividades em faculdades privadas, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ministra cursos em diversos municípios, trabalhos estes que são desenvolvidos nos horários em que deveria estar no SAMU”. Desta forma, conclui o representante dos servidores, a coordenadora “fere princípios da administração pública, como a moralidade, legalidade e publicidade”.

Enquanto isto, denúncia Rafael, o prédio-sede do SAMU permanece com rachaduras que comprometem sua estrutura. Registros de ocorrência são preenchidos à mão, espaço inadequado para descanso entre plantões, escassez de médicos para completar a escala e jornadas de trabalho exaustivas, são outras deficiências enfrentadas: “Eu quase não durmo mais em casa e pouco vejo a minha filha, isto é desumano”.

Os problemas ainda se estendem à remuneração dos servidores, acrescenta. Segundo ele, mesmo com o apoio do Governo Federal durante a pandemia de Covid-19, o prefeito Colbert Martins “cortou a única gratificação que os técnicos de enfermagem recebiam”. O chefe do Executivo também é acusado de não ter repassado o pagamento dos profissionais do SAMU que atuaram durante a Micareta 2023.

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